Próximo de encerrar seu período no comando do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes faz um balanço de sua gestão antes de deixar o posto máximo da Justiça brasileira. Após dois anos à frente do STF, é difícil encontrar um fato relevante da vida nacional sobre o qual Mendes não tenha vocalizado sua opinião. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele afirma: "Às vezes os confrontos são necessários".
Desses confrontos que cita, para ele o mais difícil foi a decisão sobre os habeas corpus concedidos ao banqueiro Daniel Dantas. "Chamei de canalhice o que era canalhice", afirma Mendes. Para ele, os fatos mostraram que houve uso político da polícia e que, se decidisse pelo contrário "a polícia de alguma forma mandaria em toda a cena judiciária". Perguntado sobre a possibilidade de seguir carreira política, Mendes nega e garante que volta à bancada do STF para "contribuir com o debate".
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