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Internacional
Domingo - 21 de Março de 2010 às 21:25

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Uma conferência de países doadores de recursos, entre eles o Brasil, convocada pela OCI (Organização da Conferência Islâmica) para auxiliar a região sudanesa de Darfur obteve hoje compromissos de ajuda de US$ 841 milhões, muito abaixo da meta fixada.

A conferência, patrocinada pelos governos do Egito e da Turquia, buscava reunir fundos para a reconstrução dessa região do oeste do Sudão, que vem sofrendo desde 2003 um conflito armado que já deixou cerca de 300 mil mortos.

Ao fim da reunião, uma hora antes do previsto, o ministro de Assuntos Exteriores egípcio, Ahmed Aboul Gheit, assegurou que os US$ 841 milhões oferecidos para reconstruir Darfur podem "representar muito apoio ao povo do Sudão".

Durante a conferência de um dia, vários países e ONGs expressaram o desejo de colaborar na reconstrução dessa região, e Aboul Gheit confiou que, uma vez superado o conflito armado, outras nações e organizações oferecerão mais assistência.

A conferência, intitulada "O desenvolvimento pela paz" e celebrada em um hotel nos arredores do Cairo, reuniu vários Estados-membros da OCI, a Liga Árabe, representantes da União Africana e da ONU, e inúmeras ONGs.

As doações estipuladas na conferência de hoje são do Banco Islâmico (que pertence à OCI), Turquia, Brasil, Marrocos, Austrália, algumas ONGs e organizações internacionais. Outros países como o Egito, Kuait, Irã, Malásia e Holanda anunciaram que oferecerão ajuda humanitária e apoio na construção de hospitais.

Para a administração dessas doações, o Qatar propôs a criação de um banco que se encarregue de dirigir os fundos a seis setores anunciados pelo governo de Cartum para a reconstrução de Darfur.

Durante a reunião de hoje, também se falou sobre o conflito armado entre os rebeldes e o governo de Cartum, e os acordos de paz que vêm sendo assinados nos últimos meses.

Nesse sentido, os participantes pediram a todas as facções rebeldes de Darfur que se envolvam na aplicação desses acordos para pôr fim à tensão na região.

Na quinta-feira passada, o governo de Cartum e oito grupos rebeldes de Darfur, unidos sob o nome do Movimento de Libertação e Justiça, assinaram no Qatar um cessar-fogo de três meses.

Este acordo inclui o retorno dos refugiados a seus lares em Darfur e a participação dos habitantes dessa região nas próximas eleições.

Os participantes da conferência expressaram sua satisfação por este acordo e por outro que foi assinado em fevereiro passado entre o Movimento de Justiça e Igualdade, que inclui um cessar-fogo, como passo prévio ao reatamento das negociações de paz e a um pacto definitivo para pôr fim à disputa.





Fonte: EFE

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