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Domingo - 21 de Março de 2010 às 04:21
Por: Joanice de Deus

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Pedro Alves/DC
Na praça Caetano de Albuquerque, no calçadão, lixo é deixado inclusive por comerciantes locais
Na praça Caetano de Albuquerque, no calçadão, lixo é deixado inclusive por comerciantes locais
É surpreendente a quantidade de lixo espalhado pelas ruas, avenidas, praças, parques e demais logradouros públicos de Cuiabá. A população da cidade, que vai ser sub-sede da Copa do Mundo de 2014, tem sua parcela de culpa ao jogar lixo indiscriminadamente em qualquer lugar. Por outro lado, por ineficiência da prefeitura, faltam estruturas, até mesmo lixeiras, para que os resíduos sejam descartados corretamente.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura (Seminfe), em média, são recolhidas 500 toneladas de lixo por dia na Capital. Deste total, algo em torno de 15% é proveniente de logradouros públicos, incluindo serviço de varrição.

No início desta semana, a reportagem do Diário mostrou que a falta de consciência dos que insistem com esta prática indiscriminada contribuiu para a depreciação de um dos espaços mais bem frequentados da cidade e cercado por bares e restaurantes. Trata-se da praça Presidente Eurico Gaspar Dutra, mais conhecida como Popular, no bairro Goiabeiras.

Por lá, é significativa a quantia de lixo deixada pelos responsáveis dos estabelecimentos comerciais ou mesmo pelos clientes ao redor do logradouro.

Porém, o problema se estende por todos os cantos da cidade, o que contribui para o aparecimento de pragas características de locais insalubres, como ratos, moscas e baratas.

Ao redor da praça Caetano Albuquerque, no Centro, comerciantes também depositam os resíduos nas calçadas, que deveriam ser mantidas limpas e livres para a passagem dos pedestres. Situação parecida foi presenciada pela reportagem na manhã da última quinta-feira, na rua 13 de Junho, nos fundos do Ganha Tempo, onde estão instalados alguns camelôs.

Ao mesmo tempo falta conscientização das pessoas que transitam ou frequentam os espaços públicos. Copos, garrafas, latas de refrigerante e de cerveja, papel, embalagens de balas, chocolates ou mesmo restos de salgados são jogados incorretamente nos jardins das praças como a Alencastro, da República, Bispo Dom José e Ipiranga.

Estes locais, embora não seja uma regra, estão bem providos de cestos de lixo. “É difícil. Às vezes, a pessoa senta ao lado da lixeira, mas não joga o lixo no lugar certo”, lamenta o gari Elias Mendes de Souza, que limpa uma parte da área central.

O que Elias de Souza também não consegue entender é o comportamento de muitos estudantes. “Às 11 horas, quando os alunos saem das escolas, eles passam e vão jogando sacolas, papéis, latas de refrigerantes no chão. Se estão estudando deveriam ter mais educação”, diz.

Nos pontos de ônibus o problema se repete. Um exemplo é o que fica em frente ao Morro da Luz, na avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha). No local há dois cestos de lixo, um em cada lado do ponto. Embora um deles esteja com o fundo furado, o que faz com que a sujeira caia no chão, muitas pessoas depositam objetos na borda do morro.

“A gente luta para manter limpo, mas falta conscientização. Vim de Campo Grande (MS) e lá fizeram campanha e fiscalização. A cidade ficou mais civilizada. Aqui está precisando de um trabalho como este”, sugere o vendedor de salgados João Pinheiro de Moraes, que trabalha no local.





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