Eliene descarta ser vice e se mostra próximo de Silval
Citado para concorrer a vaga de vice-governador, ao lado do prefeito Wilson Santos (PSDB), numa eventual coligação do PP com o PSDB e DEM, o deputado federal Eliene Lima (PP) afirmou, ontem, não acreditar na possibilidade. O progressista disse, ainda, ser defensor da tese de seu partido apoiar a candidatura de Silval Barbosa (PMDB), caso não lancem candidatura própria.
“Ter o nome lembrado é gratificante. Mas o partido ainda não definiu de que forma seguirá na disputa eleitoral. De repente, decidimos lançar candidatura própria. Por isso não fechamos nenhuma aliança”, disse o parlamentar, que é candidato à reeleição.
Eliene está cada vez mais distante do palanque tucano. Ele já foi aliado do prefeito Wilson Santos, mas desde a eleição de 2008 estão em palanques distintos.
A indefinição do PP tem agitado o meio político levando todas as alianças pré-formadas a sondarem os progressistas e oferecerem contrapartidas. Um dos principais líderes do PP, o deputado José Riva, havia sinalizado que apoiaria a oposição se Jayme Campos (DEM) fosse o candidato – posicionamento que, até o momento, não se estendeu a Wilson Santos. A aliança promete uma nova ofensiva para atrair o partido.
Por outro lado, a ala governista segue confiante no apoio. O deputado federal Carlos Bezerra chegou a declarar que PP estaria 90% fechado para apoiar a candidatura de Silval Barbosa (PMDB) ao governo. Até mesmo o presidente do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, tem declarado que mantém conversas sobre composição com integrantes do partido, na finalidade de cooptá-los para apoiar Mauro Mendes (PSB).
Para Eliene, se não houver candidatura própria, a sigla tem mais condições de se fortalecer apoiando Silval. “É mais fácil apoiarmos Silval por conta da convivência e proximidade do partido durante os anos de gestão do atual governo”, avaliou o parlamentar.
Apesar do assédio, o PP, que havia anunciado que no início de março definiria os rumos da legenda após consulta aos filiados, deve se posicionar somente em junho, próximo das convenções. O presidente da legenda em Mato Grosso, Chico Daltro, justificou que a decisão se deve “única e exclusivamente” ao fato de que a base progressista de algumas regiões ainda não foi consultada.
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