Marina articula projeto próprio ao Paiaguás e tenta cooptar Taques
Embora a senadora Marina Silva (PV) evite falar sobre a definição de apoios do partido no Estado, ela desembarcou nesta quinta (18), em Cuiabá, de “braços de dados” com o procurador da República, Pedro Taques. Ambos viajaram no mesmo voo da TAM e teriam aproveitado o momento para falar de conjecturas políticas. Militantes do bloco verde saudaram os dois com faixas. Numa delas, conclamavam o membro do MPF a lançar candidatura pelo PV ao Palácio Paiaguás. “Movimento Brasil Sustentável: Pedro Taques Governador”, dizia uma das faixas. Outras continham dizeres de apoio ao projeto da ex-ministra do Meio Ambiente de concorrer à Presidência da República.
Antes de embarcar na Capital mato-grossense, Marina e Taques teriam se reunido pelo menos em duas ocasiões em São Paulo para discutir a eventual candidatura dele à sucessão do governador Blairo Maggi (PR). A senadora avalia que o ingresso de Taques na disputa daria fôlego ao projeto dela ao Palácio do Planalto em Mato Grosso. Assim ela poderia atrelar a sua imagem a de Taques que transmite integridade pela luta contra o crime organizado. O procurador é lembrado pelos eleitores como um dos principais responsáveis pela Operação Arca de Noé, que denunciou o ex-comendador João Arcanjo Ribeiro e políticos ligados ao PSDB à Justiça Federal.
Depois de desembarcar, por volta das 23h, Taques evitou a imprensa e entrou para a área vip do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande. Apesar de querer passar a impressão de repulsa aos holofotes, ele não arredou o pé do local até Marina deixar o aeroporto. Taques chegou a conversar e a tirar fotos com o secretário de Meio Ambiente de Cuiabá, Archimedes Pereira Lima Neto (PV), um dos articuladores dos encontros entre a senadora e o procurador.
Marina está na Capital para participar do 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, no Centro de Eventos do Pantanal, mas também vai cumprir uma agenda partidária. Ela vai vai discutir com as lideranças locais a possibilidade do partido construir um projeto próprio ao governo. “Marina veio também para ajudar o partido na definição da chapa única. Isto é perfeitamente possível”, declarou o ex-secretário de Cultura e assessor de projetos especiais de Cuiabá Mario Olímpio.
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