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Sexta - 19 de Março de 2010 às 16:05
Por: Adriana Nascimento

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   O juiz federal Julier Sebastião da Silva se mostra animado, mas diz que ainda não decidiu se vai mesmo disputar o Palácio Paiaguás. Ele reforça que deve anunciar sua decisão apenas em 4 de abril, quando termina o prazo por força da prerrogativa do cargo vitalício. O magistrado confirma ainda que é "cortejado" por diversas siglas e confessa que tem simpatia por várias frentes partidárias. Com discurso de pré-candidato, ele levanta as bandeiras da educação, saúde e segurança pública. Diz que é preciso investimentos para tirar a saúde pública da situação preocupante em que se encontra e dar mais segurança ao cidadão.   

   Julier é um juiz polêmico. Sua atuação divide opiniões. Para segmentos da sociedade é tido como "operador do direito linha dura, corajoso e destemido na luta contra a corrupção". Outros, no entanto, o tem como inconsequente. Alegam ainda que o juiz estaria atuando na magistratura com viés político em alguns casos e lembram até que fora militante do PT antes de ocupar a cadeira de juiz federal.

   Foi Julier quem decretou a prisão de João Arcanjo Ribeiro, o comendador, que comandava o crime organizado em Mato Grosso. Sob sua decisão, empresários, políticos, empreiteiros, madeireiros e servidores públicos foram parar na cadeia. A última "martelada" foi a que levou à cadeia 11 figuras da chamada elite cuiabana, como o suplente de deputado Carlos Avalone, o ex-procurador-geral de Cuiabá José Antonio Rosa, o ex-prefeito Anildo Lima Barros e o empreiteiro Jorge Pires de Miranda.

   Além de Julier, outros "operadores do direito" estão de olho em candidaturas majoritárias no Estado. Eles têm que definir o que vão fazer até 4 de abril. O procurador da República, Pedro Taques, que atuou por vários anos em Mato Grosso e hoje está em São Paulo, chegou a admitir que pode ingressar na briga eleitoral, mas, por enquanto, não se filiou a nenhuma sigla. O ex-procurador-geral de Justiça e coordenador do Gaeco, Paulo Prado, também ensaiou a possibilidade de disputar o Senado, mas acabou desistindo. Prado teria decidido não participar do pleito por questões particulares e, por enquanto, deve mesmo continuar apenas no Gaeco.





Fonte: RD News

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