Dificuldade de manter contatos sociais cria condições para a hipertensão
Solidão aumenta nível da pressão sanguínea em idosos
Um grupo liderado por Louise Hawkley, cientista do Center for Cognitive and Social Neuroscience, na University of Chicago, e John Cacioppo, do Tiffany & Margaret Blake Distinguished Service Professor in Psychology, estudou 229 pessoas de 50 a 68 anos, entre elas pessoas brancas, negras e latino-americanas que participam de um estudo sobre envelhecimento. Elas responderam perguntas como “Eu tenho muito em comum com as pessoas ao meu redor...”; Meus contatos sociais são superficiais” e “Eu posso encontrar companhia quando eu quiser”.
Durante cinco anos, Hawley manteve o contato com essas pessoas e encontrou uma clara relação entre os sentimentos de solidão reportados no começo do estudo e o crescimento da pressão sanguínea durante este período.
- O aumento da pressão sanguínea associado à solidão não foi observado nos dois anos de estudo, mas continuou a crescer até quatro anos depois.
Até pessoas com baixos níveis de solidão foram impactadas. Entre todos os estudados, as pessoas mais solitárias disseram que sua pressão sanguínea passou de 14,4 mmHg (milímetros por mercúrio), ou seja, nível maior do que a nível das demais, afirma a cientista.
- A solidão é caracterizada pelo impulso motivacional de conectar-se com os outros, mas é também o medo de uma avaliação negativa, de rejeição ou desapontamento, que pode inclusive mudar as funções psicológicas e elevar a pressão sanguínea.
A hipertensão apresenta poucos sintomas, mas prejudica a saúde de várias maneiras diferentes. Entre elas, aumenta o risco de ataque cardíaco, pode provocar um enfarte e problemas na função dos rins. A doença é responsável por quase 18% das mortes nos Estados Unidos e por custos na ordem de US$ 7,3 bilhões por ano no país.
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