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Policia MT
Quinta - 18 de Março de 2010 às 08:44
Por: Adilson Rosa

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A revista realizada anteontem à tarde na Cadeia Pública do Carumbé não rendeu somente a apreensão de drogas e cordas artesanais. Resultou também na apreensão de 31 telefones celulares de diversos modelos e operadoras, sendo quase a totalidade da modalidade pré-pago. A apreensão ocorreu nas celas da ala D, considerada a mais calma.

Agentes prisionais informaram que essa é a maior apreensão de celulares numa unidade prisional da Grande Cuiabá. No entendimento deles, trata-se de uma “central telefônica” instalada dentro de um presídio. “É muito celular para presos. Virou uma festa mesmo”, observou um deles.

Ao contrário da droga e das “marias-teresas”, os celulares não foram levados para a Delegacia do Complexo do Planalto. Foram encaminhados para a Superintendência do Sistema Prisional que vai investigar com quais detentos os aparelhos estavam.

As investigações se estenderão também em relação à forma como esses celulares entraram no presídio. As suspeitas recaem sobre as visitas que escondem os aparelhos dentro das partes íntimas. “Não só celulares, como drogas”, explicou um agente prisional.

O que chama a atenção é que existe um sistema eletrônico de detector de metais idêntico ao usado em lojas para apitar caso alguém saia com produto com etiqueta. Além disso, o Sistema Prisional encomendou várias banquetas detectoras de metal.

Além de presos que falam diariamente com familiares, os detentos fazem uso criminoso do aparelho ao combinar assaltos, encomendando carros roubados ou mesmo drogas.

Conforme o parente de um detento do Carumbé, o uso de celular dentro do presídio é mais comum do que se imagina. Os créditos para os aparelhos são pagos por familiares de presos que adquirem cartões de diversas operadoras.

“O difícil é entrar com o celular. Colocar créditos para os celulares a cartão é fácil. Basta ir a qualquer lugar e fornecer o número que o celular está com créditos”, explicou. Ele acrescentou que são os celulares do presídio que fazem a ligação e não o contrário.


Mais 224 trouxinhas de pasta-base são achadas

Policiais militares estouraram uma das maiores bocas-de-fumo já existente dentro de um presídio, apreendendo 224 trouxinhas de pasta-base de cocaína que estavam escondidas na cela 6 da ala D da Cadeia Pública do Carumbé. A apreensão ocorreu anteontem à tarde, numa revista realizada por agentes prisionais que contaram com a ajuda dos PMs que fazem a vigilância externa.

Segundo os policiais, além das trouxinhas prontas, foram apreendidas mais quatro porções que seriam processadas e transformadas em mais de 50 trouxinhas cada. “Seria mais de 300 trouxinhas. É muita droga levando-se em conta que se trata de um presídio”, observou um policial plantonista da Delegacia do Complexo do Planalto, para onde a droga foi levada.

Além da droga, os policiais apreenderam também seis “marias-teresas” (cordas artesanais confeccionadas com pedaços de lençóis e camisetas) utilizadas para pular o muro e ganhar a rua.

No entendimento dos policiais, os presos poderiam estar preparando alguma fuga, embora o Carumbé tenha sido transformado, há cerca de 5 anos, numa penitenciária de segurança mínima, para onde são levados presos que praticaram crimes considerados de menor poder ofensivo, como furto e estelionato.






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