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Economia
Quinta - 18 de Março de 2010 às 02:40
Por: Marianna Peres

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Alta temporada no campo gera a abertura de cerca de 2 mil postos a mais em relação a janeiro e fevereiro de 2009
Alta temporada no campo gera a abertura de cerca de 2 mil postos a mais em relação a janeiro e fevereiro de 2009

A oferta de novas frentes de trabalho formal, em Mato Grosso, aumentou 83,60% neste primeiro bimestre em relação ao mesmo período de 2009. Das 8.702 vagas acumuladas entre janeiro e fevereiro do ano passado, o Estado passou para 15.977 em igual período de 2010. Conforme série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, este é o melhor desempenho da história mato-grossense.

A série foi iniciada em 1999, mas somente em 2000 permitiu acesso aos dados regionais. Naquela época os meses de janeiro e fevereiro ofertaram pouco mais de 2,9 mil vagas no Estado. Nesta década o saldo bimestral de empregos formais no Estado (aqueles com carteira assinada) evoluiu mais de 450%, comparando o realizado em 2000 contra 2010.

Além de bimestre recordista, Mato Grosso acumula também, neste mesmo período, a maior variação relativa do ano em nível nacional, ao contabilizar expansão de 3,24%. O percentual é fruto de uma análise econométrica utilizada pelo Caged que considera variantes, como população, para medir o dinamismo dos estados. Neste diagnóstico, Mato Grosso lidera a oferta de postos de trabalho, seguido de Rondônia e Roraima.

Ontem, o Ministério divulgou o desempenho do mercado formal em fevereiro, que na comparação anual registra evolução de 32,40% sobre o consolidado em igual período do ano passado de novas vagas – diferença entre admitidos e demitidos – subiu para 7.125 contra 5.378 em fevereiro de 2009. “Momento ímpar para Mato Grosso. A tendência é ampliar mês a mês a oferta de novos postos de trabalho”, avalia o primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan. Como ele acrescenta, o primeiro semestre tradicionalmente revela expansão, enquanto que a partir do segundo semestre há uma acomodação/estabilização no mercado – em função da redução das demandas internas e externas por produtos e alimentos – com tendência de recuo na oferta de postos de trabalho.

Neste primeiro bimestre a agropecuária, puxada pela frenética movimentação nas lavouras por conta das safras de soja, algodão, arroz e milho safrinha, contratou 17.263 trabalhadores, demitiu 8.573 e encerrou o mês com saldo de 8.690 vagas, o maior do período. Em destaque seguem o saldo do segmento de serviços, 2.817 e o saldo da indústria de transformação, 2.491.

FEVEREIRO - Agropecuária, serviços e indústrias também foram os setores que mais empregaram mão-de-obra no mês de fevereiro, em Mato Grosso. O desempenho mensal proporcionou ao Estado a segunda maior expansão mensal no país, 1,42% em relação a janeiro. O mesmo percentual deu ao Estado a melhor evolução do Centro-Oeste. Em nível nacional, Amapá teve o maior incremento em fevereiro: 1,46%.

Conforme dados do Caged, foram criados em fevereiro 7.125 empregos celetistas (com carteira assinada), crescimento de 1,42% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. O saldo é a diferença entre os 31.420 contratados e os 24.295 demitidos durante o mês. Vale lembrar que o desempenho estadual se deu em um mês com o menor número de dias úteis do ano, em função do período de carnaval e por ter apenas 28 dias corridos.

No período, das mais de 7 mil novas vagas, 3.485 ofertadas na agricultura, 1.811 no segmento de serviços e 1.260 na indústrias.






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