PDT quer anunciar Pedro Taques ao Senado dia 30
O secretário de Organização Partidária do PDT, Valdinei Barbosa, sonha em anunciar o procurador da República José Pedro Taques como o mais novo pedetista no dia 30 de março. O anúncio, feito em um encontro da sigla na noite desta terça-feira (16), foi recebido com desconfiança por parte do vereador correligionário Sérgio Cintra.
“A filiação dele (Taques) deveria ter acontecido em fevereiro”, disse Cintra à reportagem do Olhar Direto, antes de manter-se em um silêncio sepulcral por alguns segundos, sugerindo que ‘algo errado aconteceu’. “A cizânia interna do partido contribuiu para o adiamento da filiação”, ponderou em seguida.
O próprio vereador, inclusive, já se dispôs a concorrer ao Senado no caso do partido não conseguir fechar com o procurador da República. “Com dois minutos de TV eu mesmo terei condições de propor idéias para contrapor o modelo neoliberal apresentado”, ratificou.
Por outro lado, Valdinei está otimista com as possibilidades de Taques se filiar ao partido. “Faltam apenas alguns detalhes que devem ser resolvidos após o retorno de Pivetta (Otaviano) da Ásia”, pontuou o dirigente.
Para ele, o motivo de Pedro Taques manter-se incompatibilizado é que o cenário eleitoral ainda estava obscuro, mas agora a coisas mudaram. “A composição do Blairo Maggi já possui dois candidatos ao Senado (o governador e um indicado do PT). Não tem espaço para ele lá e com a confirmação do Mauro ele vem conosco”, explicou.
Em entrevista ao Olhar Direto, Pedro Taques informou que falará sobre o assunto na próxima semana. Quanto às reuniões com lideranças do partido, o procurador explicou que conhece várias pessoas de outros partidos e tem conversado com várias, mas não confirmou se a informação sobre sua candidatura foi tema de algum desses encontros.
Em pesquisa espontânea feita para o Senado pelo instituto Prodata/Folha, Pedro Taques aparece com 3% das intenções de votos, índice considerado positivo por analistas políticos, ainda mais se comparado ao mesmo período da eleição de 2002, quando a senadora Serys Slhessarenko (PT) aparecia no cenário com porcentagem inferior a do procurador.
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