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Cidades/Geral
Sábado - 27 de Julho de 2013 às 06:56
Por: JOANICE DE DEUS

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LORIVAL FERNANDES/DC
Há um ano, o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) firmou o compromisso com o governo de Estado de instalar sete Farmácias Cidadãs em Mato Grosso. Uma delas em Cuiabá. Porém, a obra de reforma e ampliação do prédio onde funcionaria a sede própria do estabelecimento farmacêutico público, na rua Estevão de Mendonça, no bairro Quilombo, está abandonada há pelo menos seis meses. 


 
O local está tomado pelo mato e servindo de abrigo para usuários de drogas. "Faz uns seis ou sete meses que não vejo mais ninguém trabalhando nessa obra. Está tudo parado", informou a secretária Soyane Subtil, que trabalha próximo do lugar. "Há dois meses ainda havia um guarda cuidando, mas atualmente nem ele aparece mais", acrescentou. 


 
A informação também é confirmada pelo segurança Leandro Lemes. "O prédio está abandonado e servindo de abrigo para usuários de drogas. Já levaram lâmpadas e fios elétricos e não sei como ainda não carregaram os andaimes que estão cobertos pelo mato", comentou. 


 
Por lá, há apenas uma placa informando os serviços que estavam previstos para serem realizados entre eles arquitetônico, elétrico e de prevenção e combate a incêndios. "É dinheiro público jogado no lixo, no mato", completou Soyane Subtil. 


 
Depois de receber a gestão do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, o Ipas também assumiu a gestão das Farmácias Cidadãs e de todas as unidades de armazenamento e distribuição de insumos de saúde. Nestes dois últimos casos, o repasse feito para à organização social de saúde (OSS) é da ordem de R$ 600 mil ao mês. 


 
A ideia do estabelecimento farmacêutico foi concebida para descentralizar e atender a população que utiliza os medicamentos de alto custo na rede pública do Estado. Com isso melhorar a gestão e o processo de entrega dos medicamentos especializados por meio da construção das Farmácias Cidadãs. 


 
De acordo com o site www.farmaciacidada.saude.mt.gov.br, Sinop, Rondonópolis, Tangará da Serra, Cáceres, Barra do Garças e Água Boa são as outras seis cidades que receberiam os estabelecimentos públicos. Nos municípios, as unidades funcionam nos Escritórios Regionais, ou seja, possuem sedes próprias, conforme a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde (SES). 


 
No mesmo site, os responsáveis informam que as unidades contam com ambiente humanizado, atendimento farmacêutico especializado, informatizado e modernizado. Porém, o espaço onde atualmente funciona a Farmácia Cidadã fica no Complexo de Especialidades (Cermac), no Centro. O local é conhecido como Farmácia de Alto de Custo, é pequeno e insalubre para prestar atendimento com dignidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). 


 
Procurado por telefone pela reportagem do DIÁRIO, o superintendente do Ipas, Edmar da Costa, simplesmente disse que não estava a par do assunto e que estava no aeroporto, onde já estava sendo atendido e, por isso, não poderia dar mais nenhuma declaração. 


 
Já a assessoria de imprensa da SES informou que a Gestão de Assistência Farmacêutica solicitou a uma equipe de engenharia para que seja reavaliado o projeto de construção e instalação da farmácia. Com isso, levantar o que já foi feito e ainda falta para a conclusão dos trabalhos. Porém, não foi informado porque a obra está parada, os valores já repassados ou quando a avaliação técnica será concluída e os trabalhos retomados. 


 
Em pesquisa no Diário Oficial do Estado, o DIÁRIO verificou que o contrato de gestão 003/2011 da SES com o Ipas para reforma e adequações do imóvel onde irá funcionar a farmácia é da ordem de R$ 1,5 milhão, divididos em três parcelas. Há ainda aditivos, um deles prevendo o valor de R$ 431,3 mil para aquisição de equipamentos, conforme D.O (25800) do dia 28 de dezembro de 2012. 





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