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Grande parte das comunicações está relacionada ao tráfico e consumo de drogas em áreas públicas, o que favorece o trabalho imediato das polícias
Disque-denúncia recebeu 5 mil ligações
O disque-denúncia 197 da Polícia Judiciária Civil teve crescimento de 24% no número de comunicações feitas ao serviço, nos primeiros seis meses de 2013. O semestre fechou com 5.542 denúncias de diversas naturezas de crimes contra 4.455 no mesmo período do ano de 2012.
O serviço da Polícia Judiciária Civil instalado no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), prédio da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) de Mato Grosso, é um importante canal de comunicação da população com a polícia, que norteia muitos dos trabalhos investigativos desenvolvidos pelas delegacias.
O tráfico de drogas e o uso de drogas são os campeões de denúncias de pessoas e moradores inconformados com a venda de drogas em sua comunidade ou em locais que deveriam ser ponto de lazer e não para a prática de crimes. Em seis meses, o 197 recebeu 3.445 comunicações de tráfico de drogas e uso de drogas.
Todas as denúncias são encaminhadas à Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes, catalogadas e cadastradas no banco de informações da unidade, para mapeamento das “zonas quentes” do tráfico, para ações focadas a desmantelar “bocas-de-fumo” e identificar fornecedores de entorpecentes.
A delegada titular da DRE, Alana Cardoso, disse que em muitos casos a delegacia mantém contato direto com o denunciante, quando a denúncia é de alguma situação de tráfico que está acontecendo em tempo real. “Temos mantido uma relação mais próxima com o denunciante que já resultou em alguns flagrantes. A delegacia se esforça para atender o máximo das denúncias”, afirma a delegada.
Outro crime que incomoda à sociedade são os roubos e furtos, que tiveram 512 denúncias no período. O delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), de Cuiabá, Roberto Amorim, disse que a denúncia é uma ferramenta importante na elucidação de crimes. “É onde a polícia encontra uma ‘luz’ e às vezes é o ponto inicial da investigação”, disse o delegado.
Conforme Amorim, uma investigação de latrocínio, ainda em andamento, ganhou força com uma denúncia encaminhada pelo 197. “Descobrimos que as pessoas denunciadas são realmente as autoras do crime”, afirmou.
Mesmo havendo muitas denúncias inconsistentes, os delegados da Polícia Judiciária Civil afirmam que a colaboração da sociedade é muito importante para a redução da criminalidade. Um deles é o delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Silas Tadeu Caldeira. “Essa colaboração do cidadão com a polícia dá um norte à investigação e chega mudar todo o rumo do inquérito policial levando a sua conclusão”, destaca.
Os crimes de homicídios receberam 295 denúncias, todas segundo o titular da DHPP, Silas Caldeira, averiguadas pelo cartório responsável pelo caso ou o pelo núcleo de inteligência da especializada. “A colaboração da sociedade é importante para que se possa levar à Justiça os autores de crimes e assim diminuir a criminalidade”, finalizou o delegado.
O serviço de denúncia 197 da Polícia Civil também recebeu 157 informações de fugitivos da Justiça, 102 de receptação, 183 de porte ilegal de arma de fogo, 74 de maus-tratos de menores, 39 de maus-tratos de deficiente físico, 88 estelionato, 31 de desmanche de veículos, 60 de sedução de menores, 87 de prostituição e prostituição de menores, 31 de desaparecimento de pessoas, 5 de cárcere privado, além de mais de 400 denúncias relacionadas a delitos e situações diversas.
Para a chefe de operações da Polícia Civil no Ciosp, Daise Beckamann Morel Luck, a sociedade está mais participativa e tem buscado dar sua contribuição com a Segurança Pública, na redução da criminalidade. “A população está ligando mais porque está mais confiante. Quando vê alguma situação irregular, o cidadão procurar denunciar”, observa.
Daise disse que o serviço também recebe denúncias relacionada a entrada de celulares em presídios. “Já ajudou na apreensão antes de entrar na unidade”, afirma.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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