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Cidades/Geral
Sábado - 27 de Julho de 2013 às 05:49

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Em reunião com o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira, representantes de alunos de cursos de medicina de 11 estados e do Distrito Federal decidiram ontem (26) que vão pressionar as instituições de ensino em todo país para que evitem a adesão ao Programa Mais Médicos.


 
No último dia 8, o governo divulgou a criação do Mais Médicos. O objetivo, segundo as autoridades, é estimular que profissionais médicos atuem em regiões carentes do país. Porém, o programa permite a contratação de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma, e inclui dois anos a mais no curso de medicina para atuação no Sistema Único de Saúde. A proposta gerou polêmicas entre estudantes e médicos.


 
"Se nós [médicos brasileiros] quando vamos atuar em outros países, temos de comprovar que sabemos a língua e conhecimento em medicina, no Brasil não pode ser só chegar aqui e começar a trabalhar", ressaltou a estudante de medicina Constance Otoni, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).


 
De acordo com o estudante Leandro de Oliveira Trovão, a Universidade Federal do Maranhão decidiu que os professores não estarão disponíveis para tutorar médicos formados no exterior, que não tenham revalidado seu diploma. Segundo a Fenam, cinco universidades seguiram o mesmo caminho. O Ministério da Saúde informou que 41 universidades federais se inscreveram no Mais Médicos.


 
Nos próximos dias 30 e 31, estudantes de medicina e profissionais do setor prometeram fazer manifestações, nas principais cidades do país, para protestar contra o Programa Mais Médicos. Também estão sendo organizados protestos para a primeira semana de agosto.


 
Na reunião de hoje, estudantes e profissionais também criticaram a inclusão de dois anos extras no curso de medicina, conforme determina o Programa Mais Médicos, assim como condenaram a aplicação do Revalida a estudantes de medicina de instituições de ensino do país.


 
Os estudantes anunciaram que vão boicotar o processo de aplicação do Revalida para os brasileiros. "O Revalida não tem relação com os estudantes brasileiros. Uma eventual avaliação deve ser feita com outros mecanismos", disse Geraldo Ferreira, apoiando o manifesto dos universitários.


 
O presidente do Centro Acadêmico de Medicina da Faculdades Integradas do Planalto Central (Faciplac), Mateus Leal, informou que será feito um esforço conjunto para impedir que o programa vá adiante. "Vamos fazer uma marcha com estudantes de todo o país nos dias de paralisação. Vamos até o Congresso pedir a anulação dessa MP [medida provisória] e a derrubada dos vetos da presidente a itens do Projeto de Lei do Ato Médico", disse.





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