Percival Muniz se lança ao Senado
“Quem fala pelo PPS estadual é o presidente. E o presidente sou eu”, disse, ontem, o deputado estadual Percival Muniz, aparentemente irritado com o episódio protagonizado por membros de seu partido.
Sem abandonar o tom polêmico de suas declarações, Percival Muniz apontou que, nas próximas reuniões do “movimento”, indicará seu nome para concorrer uma das vagas ao Senado. “Quero concorrer uma das vagas com Blairo Maggi”, desafiou.
Um dia antes do anúncio da candidatura de Mauro Mendes (PSB), militantes ligados ao secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, Elismar Bezerra, - favorável à aliança com o PSDB - e os defensores da posição de Percival Muniz - que prefere apoiar Mauro Mendes - protagonizaram uma confusão que chegou a ter a intervenção da Polícia Militar. A queda-de-braço aconteceu quando o partido discutia sobre a posição da legenda na próxima eleição.
“Dos 45 membros do Diretório Regional, 32 defendem a candidatura de Mauro Mendes”, apontou Percival. A declaração foi a forma encontrada pelo presidente do PPS de garantir a participação do partido no movimento ‘Mato Grosso Muito Mais’, do qual se intitula criador.
“A executiva municipal, liderada pelo vereador Ivan Evangelista, cuida e interfere na eleição do município. O PPS é criador do projeto de terceira via e nele continuamos firme. Que isso fique esclarecido”, criticou, novamente, o deputado.
Percival, que faz parte da direção nacional do PPS, tentou, ainda, afastar os rumores de que foi “enquadrado” pela executiva nacional, afirmando que a única exigência está no apoio à candidatura de José Serra (PSDB) à presidência da República. Ele acrescentou dizendo que não haverá nenhuma intervenção em Mato Grosso, assim como em Minas Gerais e no Distrito Federal, que passam por situação semelhante.
Além disso, Percival tentou a amenizar a confusão que aconteceu em encontro de seu partido. “Não teve empurra-empurra, nada de pancadaria. Foi discussão, coisa natural”, abrandou.
Comentários