Igreja Católica da Áustria apoia diálogos sobre abusos sexuais
Schönborn, que também é o cardeal de Viena, manifestou "pleno apoio à mesa redonda", para a qual a igreja da Áustria foi convidada. Ele prometeu a "contribuição ativa" dos católicos.
A proposta do governo austríaco deixa "claro que a violência e o abuso sexual são infelizmente um problema muito grande para toda a sociedade", disse Schönborn.
O representante dos bispos assegurou que "a Igreja participará de modo intenso e colaborará com todas as forças sociais para construir uma aliança contra essas atitudes".
Os diálogos serão realizados em Viena, no dia 13 de abril, e contarão com a presença de 40 especialistas no assunto que discutirão medidas de prevenção.
A secretária de Estado para a Família enfatizou que a reunião não se deve somente a casos ocorridos nas estruturas católicas. "O convite é amplo, não se trata só da igreja. Entre 80% e 90% dos casos acontecem na família", lembrou Marek.
Ela garantiu também que o próprio clero do país "está interessado em contribuir ativamente para melhorar a situação". "Estamos em boas relações de comunicação", completou.
Na última quinta-feira (11), o abade do monastério austríaco de Kremsmuenster, Ambros Ebhart, anunciou que três padres foram suspensos de suas funções sacerdotais por supostos abusos sexuais e maus-tratos ocorridos na década de 1980.
Dois dias antes, a imprensa local havia noticiado supostos casos de abusos cometidos em dois institutos religiosos da Áustria nas décadas de 1970 e 1980. Denúncias semelhantes vieram à tona recentemente em outros países da Europa, como Irlanda e Alemanha.
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