Maggi critica monopólio da ALL nas operações da Ferronorte

    O governador Blairo Maggi (PR) voltou a criticar a forma de concessão da Ferronorte, conhecida por Vicente Vuolo. Em entrevista em Lucas do Rio Verde, ao lado do secretário executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio de Oliveira Passos, responsável interinamente pelo comando do órgão, Maggi revelou que vem discutindo com Dilma Rousseff a possibilidade de incluir na primeira etapa do PAC as obras para que os trilhos cheguem ao menos até Rondonópolis.

   O republicano disse que também vai insistir na idéia de que a concessão por 90 anos da Ferrovia inviabiliza qualquer benefício ao produtor que quer deseja utilizar os trilhos para transportar os grãos. Segundo Maggi, o projeto como está hoje é um verdadeiro monopólio. “Acho que está errada a concessão da Ferronorte a uma empresa privada. É perfeitamente possível e viável conceder a construção da linha para uma empresa e a operação (de carga e descarga) para várias. Na minha visão, a ação do governo federal está errada”, reclamou Maggi, que está prestes a deixar o governo para se candidatar ao Senado.

   O governador também defendeu que o governo federal viabilize recursos para que os trilhos da Ferronorte cheguem a Cuiabá. “Não podemos deixar a Baixada Cuiabana sem os trilhos. O trem tem que apitar na Capital”, reivindicou. O ministro não descartou a chegada dos trilhos a Cuiabá, mas também não falou em recursos para o projeto.

   Ferronorte

    A América Latina Logística (ALL), detentora da concessão de construção da ferrovia que ligará Alto Taquari e Rondonópolis, chegou a correr o risco de perder o projeto. O motivo seria o atraso nas obras. O Ibama chegou a intervir nos trabalhos. Segundo Maggi e Passos, o Ibama já liberou as obras. Para o ministro interino dos Transportes, a conclusão dessa ferrovia é um dos principais compromissos do governo Lula.
BR-163.

   A duplicação da BR-163 é outra obra morosa. Passos assegurou que os trabalhos serão concluídos até o fim de 2011 Segundo Passos, restam menos de 60 km de rodovia a ser pavimentada. A obra está orçada em R$ 1,6 bilhão.