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Economia
Terça - 16 de Março de 2010 às 01:13
Por: Alecy Alves

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Os mato-grossenses estão entres os mais endividados do país, só perdem para os brasilienses. Pelo menos é isso que vem apontando, desde 2007, pesquisas sobre assuntos financeiros relacionadas a financiamentos em bancos, cartões de crédito e de lojas e outros.

Em 2009, praticamente durante o ano inteiro o ranking de queixas no Procon do Estado foi liderado por denuncias relacionadas às dividas e cobranças de financiamentos. Apenas nos últimos meses os problemas dos serviços essenciais, como água, telefone, energia elétrica, recuperaram a posição de liderança.

Os dados do órgão de defesa do consumidor mostram que 55% da população economicamente ativa do Estado está endividada. Por causa do crescimento das queixas e dos prejuízos do endividamento à economia familiar ontem, Dia Mundial do Consumidor, o Procon focou suas ações na campanha “Superendividamento – Esse Vilão está mais perto do que você imagina”.

Na praça Ipiranga, cerca de 40 órgãos públicos, instituições e entidades não-governamentais passaram o dia prestando serviços e orientando os consumidores. Além de cortar o cabelo, fazer as unhas, emitir ou atualizar o título de eleitor, os cidadãos responderam uma pesquisa e tiveram a oportunidade de aprender o que fazer para se prevenir do superendividamento.

Pela primeira vez, o Procon está aplicando um questionário na tentativa de conhecer o perfil do devedor mato-grossense. Quer saber, por exemplo, para quem, banco ou loja, as pessoas devem mais. E ainda, quem deve mais, o homem ou a mulher, e quais as faixas etárias e de renda e o grau de escolaridade dos endividados.

Os motivos que levaram ao endividamento também estão entre as indagações feitas pelo órgão. Perda de emprego, doença na família, aumento do número de dependentes são algumas das opções da pesquisa.

A comerciária Maria Luiza de Campos Pereira, 34 anos, contou que contraiu uma dívida a longo prazo, em 18 parcelas, comprando eletrodomésticos para sua casa. Na metade do financiamento perdeu o emprego e teve de cuidar da mãe doente.

Afastada do mercado de trabalho por seis meses, somente agora, com um novo trabalho, disse Maria Luiza, pode renegociar a dívida. A superintendente do Pronco, Gisela Viana de Souza, diz que o órgão já está trabalhando na educação financeira dos mato-grossenses.

Os cidadãos podem, entre outras coisas, aprender a fazer o orçamento com base na renda da família, definindo o quanto gastar com moradia, alimentação, transporte, saúde e higiene pessoal, educação e lazer.






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