Deputado Percival Muniz, presidente regional do PPS, defende aliança com o PSB do pré-candidato ao Paiaguás Mauro Mendes; Elismar Bezerra e Ivan Evangelista discordam e querem apoiar Wilson Santos
PPS racha entre Mendes e Wilson e encontro termina em quebra-quebra
O encontro regional do PPS, que aconteceu nesta segunda (15) na Assembleia Legislativa, foi marcado por pancadaria e troca de farpas entre os militantes. A briga começou quando o primeiro-secretário da sigla, Elismar Bezerra (PPS), discursou a favor de uma aliança com o PSDB, partido do pré-candidato ao governo do Estado e prefeito de Cuiabá Wilson Santos. Foi o suficiente para o "quebra-quebra" começar. De um lado, a minoria ao lado de Elismar.
De outro, grande parte dos presidentes municipais do PPS defendendo a aliança proposta pelo presidente regional, deputado estadual Percival Muniz. Segundo ele, pelo menos 32 dos 45 diretórios municipais defendem, assim como ele, uma aliança com o empresário e pré-candidato ao Palácio Paiaguás Mauro Mendes (PSB). "No interior, praticamente 100% dos diretórios estão fechados com ele (Mendes)".
De acordo com Percival, os planos do partido sempre foram apoiar Mendes na empreitada de conseguir se eleger sucessor de Blairo Maggi (PR). "Depois que conseguiram alguns cargos na Prefeitura de Cuiabá, uma meia dúzia mudou de ideia e resolveu apoiar o prefeito".
Elismar assumiu, no final de fevereiro, a pasta de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo na gestão Wilson Santos. Além do novo secretário, o presidente do PPS em Cuiabá, vereador Ivan Evangelista, também aparece como um dos maiores defensores da aliança com os tucanos. "Não existe candidatura de Mauro Mendes. Num dia ele se reúne com Maggi e sai de lá pré-candidato a suplente de senador. No outro, ele vai à imprensa e diz que é pré-candidato ao governo novamente", critica Evangelista.
A "rebeldia" de alguns militantes do PPS contrapõe Percival, que foi um dos principais defensores da candidatura de Mauro Mendes como terceira via ao governo. O empresário, inclusive, teria trocado o PR pelo PSB sob orientação do líder socialista que agora se vê em uma “sinuca de bico” e enfrenta resistência dentro do próprio PPS. A executiva nacional, sob Roberto Freire, estaria “metendo a colher” e quer a união com os tucanos.
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