PT quer apoio a Silval, mas ala já defende candidatura própria
Em clima de tensão, cerca de 250 delegados do PT estão reunidos neste domingo (14) no auditório da Fiemt, em Cuiabá, no Encontro Estadual de Tática Eleitoral do partido. Eles discutem a proposta de oficializar apoio à pré-candidatura de Silval Barbosa (PMDB), que vai disputar o Palácio Paiaguás nas eleições deste ano. Este, aliás, é o único entendimento entre a senadora Serys Marly e o deputado federal Carlos Abicalil, que estão se "estranhando" já que ambos querem a vaga de senador pela legenda.
Durante o encontro, militantes petistas com os "nervos aflorados" já discutem a possibilidade de candidatura própria. Caso decidam mesmo pelo apoio ao PMDB, será a primeira vez nestas últimas duas décadas que o PT abre mão de candidatura a governador. Já concorreu, sem êxito, com Luiz Scaloppe, Abicalil, Alexandre Cesar e Serys Marly. A permanência do partido no arco de alianças com PR do governador Blairo Maggi e o PMDB de Silval vem de uma discussão nacional e envolve ocupação de cargos.
Quanto à "guerra" entre os dois líderes do PT, a realização de prévias deve definir o nome de quem vai tentar a disputa. Por enquanto, está mantido o calendário aprovado pela direção regional de realização de prévias para definição do nome do candidato ao Senado. A nacional da sigla trabalha para encontrar consenso entre os dois maiores líderes do partido em Mato Grosso.
O grupo de Serys saiu derrotado. Em princípio, foi colocada em votação uma proposta da direção regional se reunir esta semana com o presidente nacional José Eduardo Dutra para, sob sua orientação, estabelecer critérios no processo de definição do nome à senatória. Nesse caso, seguindo dicas da Nacional, a executiva sob Abicalil se reuniria para fixar espécie de calendário. Essa ideia sustentada pelo grupo de Serys foi rejeitada por 24 a 16.
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