Políticos de MT mudam imagem de "destruidores" da natureza
Políticos mato-grossenses que se consagraram como grandes produtores de soja conseguem reverter a imagem de "destruidores" do meio ambiente. O governador Blairo Maggi (PR), que agora deve disputar uma vaga no Senado, é o maior exemplo disso, conforme cita o jornal Estado de S. Paulo neste domingo (14). De acordo com a reportagem, o republicano acabou se distanciando da linha de frente da atividade em que havia se tornado um especialista: produzir grãos.
"Para se dedicar à carreira pública, repassou a gestão de sua empresa, o grupo André Maggi (Amaggi), a um conselho administrativo presidido por Pedro Jacyr Bongiolo. A empresa ficou na 14ª posição entre as maiores exportadoras em 2009", diz trecho da reportagem. Na safra 2008/09, plantou 139 mil hectares de soja, 56,9 mil de milho e 10 mil de algodão, com produção de 781 mil toneladas de grãos e 17 mil de pluma. "Sou produtor e vamos continuar crescendo", afirmou.
Como governador, Maggi passou a defender o conceito de produção sustentável que adotou em suas fazendas, depois de ser apontado por ambientalistas como o "rei do desmatamento". Uma das maiores provas de que não poderia mais ostentar o título foi a criação do MT Legal, projeto de recuperação das áreas de reserva e proteção permanente. O republicano levou à Conferência Climática de Copenhague (COP 15), em dezembro, a proposta de pagar ao produtor que, podendo desmatar, mantém a floresta em pé.
"Comecei a levar essas entidades para a discussão aqui e fora do país. Essa mudança no setor de conservação ambiental foi importante e o Estado não perdeu. A produção continua crescendo até 5% ao ano e, num horizonte de 15 anos, vamos duplicar a produção agrícola no Estado de Mato Grosso, sem desmatamento."
O jornal cita ainda outros nomes da política mato-grossense, como o gaúcho Otaviano Pivetta, dono do grupo Vanguarda, e o senador Gilberto Goellner (DEM), que assumiu o cargo após a morte de Jonas PInheiro, em fevereiro de 2008.
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