STJ nega habeas para advogada presa por tráfico
O Superior Tribunal de Justiça negou o pedido de habeas corpus para a advogada Kattleen Karitas Oliveira Barbosa Dias, presa durante a Operação Volver, deflagrada em julho do ano passada, acusada de interceptar ligações entre presos e usar de prestígio para auxiliar o chefe da quadrilha, Everton Cândido Gomes da Silva, que comandava o tráfico internacional de droga, trazendo entorpecente da Bolívia.
A advogada já teve o habeas corpus negado no Tribunal Regional Federal e agora terá que aguardar o julgamento de mérito presa, porém há informações de que mesmo da prisão ela continua peticionando nos processos que atua.
Consta da decisão do ministro Celso Limongi, que neste caso a prisão de Kattleen está fundamentada na garantia da ordem pública, principalmente, consideradas as circunstâncias e o modus operandi na prática do crime. A advogada mantinha contato direto com os presos e as conversas foram gravadas pela Polícia Federal e divulgadas com exclusividade pelo Olhar Direto.
Inicialmente, a prisão de Kattleen foi decretada pela juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres, Alex Nunes de Figueiredo. Junto com a acusada outras 30 pessoas foram presas, dentre elas, outra advogada Lucy Rosa da Silva. No dia seguinte da Operação Volver, Kattleen foi solta alegando perseguição do magistrado.
Após o juiz Alex Nunes ter declinado da competência para a Justiça Federal, entendendo que se tratava de tráfico internacional de drogas, a prisão da advogada foi requerida novamente pela Procuradoria da República.
Kattleen foi denunciada pelo Ministério Público Federal por tráfico e associação ao tráfico e na justiça estadual por exploração de prestígio, já que descobriu-se que ela também exigia dinheiro de seus próprios clientes presos, a pretexto de pagar magistrados que lhes beneficiariam com sentenças favoráveis.
Outro lado
A defesa de Kattleen Karitas Oliveira Barbosa Dias, representada pelo advogado Everaldo Junior, em contato com a redação do portal Olhar Direto, afirmou que o juiz federal Rafael Caselli não entendeu existir crime por parte da acusada e, portanto, ela não responde há nenhum processo na Justiça Federal.
Além disso, ele alega que a advogada foi denunciada pela justiça federal de participação apenas no sexto “fato” da quadrilha.
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