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Sábado - 13 de Março de 2010 às 14:54
Por: Rafael Reis

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Dono de três vitórias da tradicional 500 Milhas de Indianápolis, Hélio Castro Neves pretende aproveitar o retorno da Indy ao Brasil para estender a seu país-natal a imagem de "showman" que cunhou nos Estados Unidos.

Além dos feitos automobilísticos, o piloto da Penske ganhou fama na América do Norte por comemorar seus triunfos escalando as grades de proteção, o que lhe deu o apelido de Homem-Aranha, e pela participação vitoriosa no programa de TV "Dancing with the Stars", da rede ABC, em que celebridades disputam um concurso de dança.

"Não tínhamos corridas no Brasil, então era complicado fazer alguma coisa deste tipo. Mas agora pode pintar a oportunidade de fazer alguma assim. Acredito que a volta da categoria para o Brasil vai fazer com que ela cresça, dando a chance para que sejamos convidados para programas de televisão. Adoraria participar de programas aí no Brasil", disse Castro Neves, em entrevista exclusiva à Folha Online.

O piloto cobrou ajuda da TV Bandeirantes para se tornar também uma celebridade no Brasil. A emissora é promotora da corrida de rua de São Paulo, neste fim de semana, e irá transmitir a prova.

"Tenho certeza que essa corrida vai marcar a retomada da Indy no Brasil. Os sinais vitais são muito fortes. Depende da Bandeirantes também. Não adianta também passar [as provas] até as 500 Milhas de Indianápolis e depois parar [de transmitir]", alertou.

Nos anos 1990, a Indy chegou a gozar de grande prestígio no Brasil, graças aos resultados obtidos por pilotos como Emerson Fittipaldi, Gil de Ferran e Raul Boesel. Aos poucos, foi perdendo espaço no país, sobretudo após a separação em duas categorias, em 1995 --IRL e Champ Car só voltaram a se unir em 2008.

"A F-1 virou um hábito no Brasil porque passa sempre no mesmo canal e no mesmo horário. A Indy passou por SBT, Manchete, Bandeirantes. Teve vários canais e, muitas vezes, foi exibida apenas em compactos. Essas mudanças fazem diminuir o interesse, tiram um pouco o foco do público. Mas o brasileiro ama carros de corrida", opinou.

Imagem negativa

A imagem de Castro Neves quase foi manchada no começo do ano passado. O piloto foi acusado de fraudar o governo dos EUA em US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 9,7 milhões na conversão atual) em impostos, além de outros seis crimes de evasão fiscal entre os anos de 1999 e 2004.

O julgamento do caso durou um mês e meio e tirou o brasileiro da etapa de abertura da temporada passada da Indy.

No dia 17 de abril, Castro Neves foi absolvido pela Justiça americana de seis das sete acusações envolvendo evasão fiscal que corriam contra ele. A outra acusação foi anulada pelo fato de o júri não ter chegado a uma conclusão. Se condenado, o piloto poderia pegar até 35 anos de prisão.






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