Gol rejeita cenário de guerra de preços com demanda em alta
Em teleconferência com analistas nesta sexta-feira, após divulgar na véspera lucro de R$ 397,8 milhões para o quarto trimestre, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, afirmou que, apesar de haver "tremendas oportunidades" de crescimento no mercado brasileiro, "não estamos vendo cenário para guerra de preços agora. A Gol não apoia isso... Podemos ter tido algumas distrações ao longo do caminho, mas no geral estamos mantendo a disciplina".
No quarto trimestre do ano passado, a Gol viu o yield --que representa o valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro-- cair quase 30% em relação ao final de 2008, para R$ 0,181 centavos de real, influenciado em parte por "cenário de baixo racional econômico".
Em janeiro, fevereiro e início de março, a empresa está registrando relativa estabilidade nos yields que devem sofrer algum incremento no segundo trimestre, após o período de férias escolares e com incidência de mais viagens de negócios.
A expectativa de yield da empresa para o ano é uma faixa de R$ 0,195 a R$ 0,21. No quarto trimestre de 2008, o índice havia sido de R$ 0,256 centavos.
Segundo Constantino Júnior, a entrada de novas companhias menores no aeroporto mais movimentado do país, Congonhas (SP), "não deve ter impacto significativo" nas contas da empresa.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou na quinta-feira que o tráfego aéreo em fevereiro no Brasil teve a maior alta da série histórica iniciada em setembro de 2003, com avanço de 42,89% contra o mesmo mês do ano passado.
Enquanto a líder TAM perdeu espaço ante fevereiro de 2009, passando de 49,82% para 42,42% de participação no mercado doméstico, a Gol encostou, avançando de 40,2% para 41,61%.
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