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Economia
Quinta - 11 de Março de 2010 às 15:03
Por: Vagner Alexandre/Lucas R.Verde

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Cerca de 30 empresários de Lucas do Rio Verde, cidade da região do médio-Norte de Mato Grosso, se reuniram para discutir e contabilizar os prejuízos sofridos com a atuação da empresa Brain Tecnologia, contratada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para fazer pesquisa e prospecção de petróleo na região. Eles discutiram as medidas a serem tomadas, inclusive no campo da reparação judicial. Os valores dos prejuízos deixados pela empresa giram em torno de R$ 450 á 500 mil.

As empresas que se dizem lesadas atuam nos segmentos de alimentação, transporte e hospedagem. Segundo o advogado de uma das empresas,  a melhor coisa a se fazer é entrar com uma ação cautelar, para congelar um valor de R$ 5 milhões  que  a ANP se propõe a pagar a Brain. O pagamento deve ocorrer no dia 15. “Desse valor, vamos  tentar “seqüestrar” o valor que a empresa deve aos comerciantes de Lucas” – disse o advogado Leonardo Barra.

O presidente da Associação Comercial de Lucas do Rio Verde, Vilson Kirst, disse que a maioria das empresas credoras são de pequeno e médio porte de atuação. Ele frisou que depois de muitos investimentos essas empresas não estão conseguindo se manter, devido aos gastos adquiridos para melhoramento de suas empresas.

A  Brain Tecnologia tem sede em Belo Horizonte (MG) e atua na área de soluções integradas, utilizando imagens subterrâneas como suporte às avaliações Geológicas para Petróleo, Meio Ambiente, Engenharia e Mineração. Segundo os empresários que se dizem lesadas, ela abandonou as pesquisas em Lucas.

A empresa é acusada ainda de realizar perfurações em propríedades rurais a procura de gás natural e petróleo. O produtor Joares Ribas que teve inúmeros burracos feitos em sua propríedade com o auxílio de dinamite. Em uma dessas crateras,  Joares contou que teve uma de suas máquinas colhetadeiras atolada.O advogado Leonardo Barras confirma ter visto explosivos em um celeiro.

Quando comerçou os trabalhos de mapeamento geológico, funcionários da empresa garantiu aos produtores de que não haveria nenhum tipo de transtorno ao término dos trabalhos. A exploração teve a extensão de 150 quilômetros, com base inicial em Lucas. Os dados adquiridos deveriam ser passados para a ANP, para serem colocados a leilão para que qualquer empresa com tradição em prospecção de petróleo possa se habilitar para efetuar estudos mais detalhados, trazendo dessa forma, expectativas de desenvolvimento e investimentos no setor de petróleo e gás para Mato Grosso.

 O produtor rural afima que não foi o único a ser lesado com as pesquisas, e que fazendeiros da região estão passando pela mesma dificuldade. Ribas afirma que ja comunicou a Prefeitura de Lucas, juntamente com a secretária de Meio-Ambiente e Agricultura, e tambem estará acionando judicialmente a empresa responsável pelas pesquisas para indenização dos prejuízos.






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