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Economia
Quinta - 11 de Março de 2010 às 13:04

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Pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) apontou que os juros praticados no mercado para empresas e consumidores subiram pelo segundo mês consecutivo em fevereiro.

A taxa média de juros para pessoa física aumentou de 6,87% para 6,92% ao mês em fevereiro, o que representa uma taxa anual de 123,21%, a maior taxa média desde novembro de 2009.

Já a taxa média de juros no crédito para as empresas passou de 3,65% para 3,69% entre janeiro e fevereiro, o que representa uma variação anual de 54,47%, a cifra mais alta em três meses.

A taxa de juros básica do país, referência para os empréstimos, está "congelada" em 8,75% desde setembro de 2009.

A Anefac atribui a alta recente dos juros a dois fatores: a expectativa pelo ajuste da taxa Selic no curto prazo e a piora das economias europeias, o que trouxe nervosismo para o mercado financeiro.

Economistas de várias instituições financeiras acreditam que o Banco Central deve elevar os juros básicos do país nas próximas semanas, divergindo somente no prazo: alguns acreditam que esse ajuste deve ser feito somente em abril (maioria), enquanto alguns já esperam novidades para março. O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC volta a se reunir nos dias 16 e 17.

Pessoa Física

A Anefac detectou que os juros praticados nas linhas de crédito oferecidas por meio de cheque especial e nas chamadas "financeiras" tiveram os maiores reajustes do período.

No caso do primeiro, o juro médio subiu de 7,32% ao mês para 7,38%, o que representa um juro anual de 135,01% ao ano. Nas financeiras, o custo do dinheiro aumentou de 10,12% para 10,20%. Em 12 meses, uma dívida contraída sob esses juros aumentaria 220,76%.

Os juros praticados nas linhas de comércio aumentaram de 5,79% para 5,84% (juro de 97,61% ao ano). No caso do cartão de crédito, o juro médio passou de 10,66% para 10,69% (juro anual de 238,30%).

Empresas

O maior aumento verificado no bimestre foi visto nas linhas de conta garantida (especial de cheque especial para empresas), onde o juro médio oferecido foi de 5,03% ao mês para 5,10%. Nessas condições, uma dívida quase dobraria (81,65%) em 12 meses.

O custo médio do capital de giro aumentou de 3,12% para 3,14% ao mês (ou 44,92% ao ano). Na linha de desconto de duplicatas, o juro médio passou de 3,19% para 3,24% ao mês (46,61% ao ano).






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