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Economia
Quinta - 11 de Março de 2010 às 10:59

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A Ferronorte não anda. E as perspectivas são pouco animadoras, sobretudo com os anunciados prejuízos pela América Latina Logística (ALL) e o nível de investimento na expansão da linha em Mato Grosso. Com um celeiro de produção agrícola para ser transportado com custos menores para se tornar competitivo no mercado internacional, o Governo Federal decidiu agir. No dia 15, a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, presidenciável do Partido dos Trabalhadores, fará a apresentação do projeto da Ferrovia Centro-Oeste, em Lucas do Rio Verde.

A estrada férrea terá 1.602 quilômetros e vai cortar Mato Grosso de Leste a Oeste. A meta do Governo é concluir a ferrovia em quatro anos e será construída com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A ferrovia será construída pela VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias, empresa pública, vinculada ao Ministério dos Transportes.

A Ferrovia de Integração Centro-Oeste é a primeira parte de um projeto gigantesco, a Ferrovia Transcontinental (EF-354). No Plano Nacional de Viação a EF-354 é planejada com 4.400 quilômetros de extensão. Ela segue de Uruaçu/GO para o leste, passando pelo Distrito Federal, Minas Gerais até o litoral fluminense. Para o oeste o plano indica um caminho de Vilhena. O rumo ao Acre até a divisa fronteira com o Peru. 

Entre Uruaçu e Lucas do Rio Verde  a ferrovia terá a extensão de 1.004 quilômetros. Até o ano de sua conclusão (2014) a previsão é de investir R$ 4,1 bilhões. Já para o trecho entre Lucas do Rio Verde e Vilhena (com 598 quilômetros), deve ser investido o total de R$ 2,3 bilhões. Os recursos para a construção serão incluídos na segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento – (PAC 2).

Os estudos preliminares, o EIA/RIMA e o projeto básico da Ferrovia de Integração Centro-Oeste foram iniciados no ano passado, dentre as ações definidas pelo Ministério dos Transportes. Sua execução ficará sob a responsabilidade da VALEC, como uma das obras do novo Plano de Aceleração do Crescimento, programado pelo Governo Federal. Segundo o presidente da Empresa, José Francisco das Neves, as obras devem começar no próximo ano.

Por se conectar com a Norte-Sul, a ferrovia de Integração Centro-Oeste dará novo impulso para o desenvolvimento dos estados de Mato Grosso, Rondônia e o sul dos estados do Pará e Amazonas, principalmente com a produção de grãos, açúcar, álcool e carne. “Com a redução dos custos no transporte de cargas, com acesso mais rápido a vários portos, a região deve atrair grandes projetos e investimentos da iniciativa privada e, por conseguinte, gerar empregos, renda e melhoria da qualidade de vida para os habitantes”, comenta Luiz Antônio Pagot, Diretor Geral do DNIT, entusiasta da expansão da malha ferroviária brasileira.






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