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Educação/Vestibular
Quinta - 11 de Março de 2010 às 09:28

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O Enem ao final do ano será aplicado apenas após o segundo turno das eleições presidenciais (31 de outubro). O governo federal avalia que a edição 2010 sofre mais riscos de fraudes devido ao período eleitoral, segundo reportagem de Fábio Takahashi publicada na edição desta quinta da Folha.

De acordo com o texto, o entendimento surgiu durante investigações do vazamento do exame em 2009 --provas foram oferecidas para órgão de imprensa em troca de dinheiro. Após ouvir membros das diversas instituições envolvidas (consórcios, gráfica e a própria União), a PF indicou ao Ministério da Educação a possibilidade de uso político de eventual fraude no exame.

Uma fonte do ministério disse que o risco foi considerado na decisão de não aplicar o exame neste meio de ano. A informações foi divulgada ontem, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após reunião com o Conselho Universitário da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Reformulado em 2009, o Enem é usado no processo de seleção em universidades federais e estaduais, para concorrer a uma bolsa no ProUni (Programa Universidade para Todos), e do SiSu (Sistema de Seleção Unificada), que oferece vagas em universidades federais que utilizam o Enem no processo seletivo.

Na última edição, o número de inscritos foi o maior registrado nas 11 edições do exame, com 4.147.527 candidatos.

No ano passado, o MEC suspendeu a prova do Enem --que deveria ocorrer entre os dias 3 e 4 de outubro--, após o conteúdo das questões vazar. A data do novo exame foi remarcada para os dias 5 e 6 de dezembro. O caso é investigado pela Polícia Federal, que indiciou cinco suspeitos de envolvimento.






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