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Cidades/Geral
Quinta - 11 de Março de 2010 às 07:57
Por: Renê Dióz

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Numa semana em que Mato Grosso confirmou mais cinco mortes por dengue, os principais problemas no combate à doença por parte dos municípios foi constatado pelo governo do Estado: a demora com que os agentes de vigilância epidemiológica respondem à doença. Segundo o coordenador de Vigilância Ambiental do Estado, Oberdan Coutinho Lira, entre os primeiros sintomas manifestados da doença no paciente e a ação do poder público, Mato Grosso tem registrado uma demora média de cinco dias – um prazo que necessita urgentemente ser reduzido.

A constatação do problema é fruto da reunião promovida pelo Estado com os 15 municípios prioritários para o controle da dengue. Todos estabeleceram um pacto para realização de ações coordenadas e integradas no combate e prevenção à dengue, cujas notificações pularam de 19.670 para 22.711 na última semana e os óbitos confirmados, de 13 para 18.

De acordo com Lira, a demora na resposta à manifestação da doença nas cidades chega a ser de 30 dias em um município do Estado, o que representa o quanto o combate à doença ainda está desguarnecido em algumas partes de Mato Grosso.

Aliado a isso, outro problema é a falta de ações específicas para cada bairro dentro dos municípios. “Precisamos dar um ‘zoom’ no âmbito de cada bairro para atuar”, resume o coordenador, referindo-se à natureza própria de cada região – o que sugere ao poder público a necessidade de ações adequadas a cada uma individualmente.

Por isso, o Estado tem buscado integrar os municípios de forma a guarnecê-los de informação que possibilite tomadas de decisões mais eficazes e em tempo oportuno. “O que o Estado quer é reduzir os óbitos, melhorar o diagnóstico e promover o bloqueio químico”.

Os municípios prioritários reunidos pelo Estado somam cerca de 52% da população total de Mato Grosso - Cuiabá, Sinop, Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Barra do Garças, Sorriso, Tangará da Serra, Juína, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Água Boa, Juara, Primavera do Leste e Campo Novo do Parecis.

Em Cuiabá (cujo boletim oficial será divulgado hoje), os óbitos são cinco até o momento, sendo que apenas dois já foram confirmados por exames laboratoriais. Aqui, o total de notificações é de 2.323.

Já na cidade vizinha, são seis notificações de mortes por dengue, mas duas ainda estão sob investigação. A Cidade Industrial já registrou um total de 1.312 casos.

No Estado todo, os óbitos já são 30 (12 ainda em investigação). Fora a Grande Cuiabá, eles estão espalhados por municípios como Colniza (2), Diamantino (1), Lucas do Rio Verde (1), Poconé (1), Primavera do Leste (2), Rondonópolis (3), Sinop (4), Sorriso (1), Barra do Garças (1), Santa Carmen (1), Brasnorte (1) e São José do Rio Claro (1). E o município de Tangará da Serra (239 quilômetros de Cuiabá) divulgou ontem que está investigando as duas primeiras mortes suspeitas registradas, ainda não inclusas no boletim divulgado pela Saúde Estadual.






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