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Quinta - 11 de Março de 2010 às 05:31
Por: Sonia Fiori

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Freire insiste para que o partido, sob o comando de Muniz, siga a orientação nacional
Freire insiste para que o partido, sob o comando de Muniz, siga a orientação nacional

Se depender da nacional do PPS, o partido em Mato Grosso não participará do movimento “Mato Grosso Muito Mais”, que ensaia o lançamento do empresário Mauro Mendes (PSB) para a disputa ao governo. Ontem, o presidente nacional da legenda, Roberto Freire, foi incisivo ao afirmar que “seria inexplicável o partido no Estado subir no palanque da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff”. Lembrando a ligação do presidenciável Ciro Gomes (PSB-CE) com a nacional do PT, Freire avisou que nem sequer pode imaginar a possibilidade de o PPS estadual vir a apoiar Mauro Mendes.

Em entrevista por telefone ao Diário, ele demonstrou contrariedade com o apoio dado pelo presidente estadual do PPS, Percival Muniz, ao projeto do PSB. E, de quebra, lembrou que considera essa defesa no mínimo estranha: primeiro porque a Executiva nacional deliberou pelo apoio ao presidenciável tucano, governador de São Paulo, José Serra – numa orientação as costuras entre o PPS e o PSDB nas unidades federativas. Em segundo lugar porque, em relação a Cuiabá, o PPS faz parte do governo do prefeito Wilson Santos (PSDB).

Preferindo não medir as conseqüências de uma aliança não autorizada pela nacional em Mato Grosso, Freire destacou que “não vai se reportar a uma possível posição esdrúxula do partido”. Ele acrescentou ainda que espera não ter conhecimento de uma “surpresa” – se referindo a chance de a sigla no Estado vir a selar composição com o bloco integrado pelo PDT e pelo PSB. “Não trabalho com plano “B” e sim com plano “A”, disse mencionado que acredita no bom senso dos representantes da legenda em Mato Grosso de não estar em palanque de adversário de José Serra.

O presidente nacional do PPS fez questão de ressaltar que o PSB trabalha a campanha eleitoral sob orientação direta do presidente Lula. Foi mais além ao destacar que Ciro segue a cartilha do presidente da República. No entanto, Freire disse que é preciso ficar claro que não existe nada contra a candidatura da ministra Dilma Rousseff, mas que é preciso seguir a orientação partidária de apoiar o PSDB no projeto nacional.

O dirigente nacional do PPS admitiu ainda que manteve contato com Percival Muniz recentemente. Mas reafirmou crença de que nos próximos dias a legenda em Mato Grosso tomará uma posição – levando em consideração a decisão que será tomada “pelo partido”. Para Freire, um apoio ao empresário Mauro Mendes poderá colocar a sigla numa posição “inexplicável”.

O diretório regional do PPS se reúne no dia 15 deste mês para discutir os encaminhamentos rumo ao pleito deste ano. A pauta principal será a definição de participação ou não do partido no movimento Mato Grosso Muito Mais – como deseja Percival Muniz.

DISCURSO – Percival Muniz reafirmou, na tribuna da Assembleia Legislativa, a candidatura de Mendes, idealizada pelo socialista. Demonstrando ter alguma “carta na manga”, o parlamentar sustentou que na reunião do dia 15 próximo, certamente, teria fim a celeuma criada no partido.

Sob o comando do vereador Ivan Evangelista, o PPS de Cuiabá apóia a candidatura ao governo do tucano Wilson Santos.






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