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Nacional
Quarta - 10 de Março de 2010 às 08:08
Por: Solange Spigliatti

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Cerca de 200 homossexuais foram assassinados durante o ano de 2009 em todo o Brasil, de acordo com relatório anual divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) na semana passada. Nos dois primeiros meses 2010, já foram documentados 34 homicídios contra homossexuais. De acordo com o fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott, os dados do levantamento são obtidos através de pesquisas em jornais e na mídia ao longo do ano, já que não existem estatísticas oficiais. "Estes números são apenas a ponta de um iceberg de sangue e ódio, pois não havendo estatísticas governamentais sobre crimes de ódio, nos baseamos em notícias de jornal e internet, uma amostra assumidamente subnotificada", explica Mott.

"O Brasil é o campeão mundial de crimes contra LGBT: um assassinato a cada dois dias, aproximadamente 200 crimes por ano, seguido do México com 35 homicídios e os Estados Unidos com 25", completa. Segundo o levantamento, foram assassinados no Brasil no ano passado 198 homossexuais, nove a mais que em 2008 (189 mortes), um aumento de 61% em relação a 2007 (122). Dentre os mortos, 117 gays (59%), 72 travestis (37%) e nove lésbicas (4%).

Bahia e Paraná são os Estados mais homofóbicos: 25 homicídios cada um, sendo que na Bahia os gays foram mais numerosos (21), enquanto no Paraná predominaram as travestis (15 mortes).

Curitiba, que é considerada uma cidade modelo de urbanidade, foi a metrópole brasileira onde mais homossexuais foram assassinados, 14 vítimas, seguida de Salvador com 11 homicídios.

Pernambuco, que nos últimos anos liderava esta lista de assassinatos, registrou 14 mortes, (4º lugar) o mesmo número de São Paulo e Minas Gerais, embora São Paulo tenha população cinco vezes maior.

Alagoas é proporcionalmente o estado mais violento para a comunidade LGBT: 11 mortes para 3 milhões de habitantes, surpreendentemente mais crimes do que o Rio de Janeiro (8 homicídios), cinco vezes mais populoso que Alagoas. Faltam informações sobre os Estados do Acre e Amapá. Três travestis brasileiras foram assassinadas na Itália, cujos crimes ganharam bastante repercussão no Brasil.





Fonte: AE

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