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Quarta - 10 de Março de 2010 às 07:29
Por: Ana Rosa Fagundes

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Secretário Geraldo De Vitto diz que Estado se reorganizou com atribuições para as necessidades
Secretário Geraldo De Vitto diz que Estado se reorganizou com atribuições para as necessidades

Em sete anos da administração Blairo Maggi (PR), mais de seis mil servidores foram incorporados ao quadro, o que representa um aumento de 10%. Em 2003, no primeiro mandato de Blairo Maggi (PR), na folha de pagamento existiam 56.923; agora, em 2010, são 63.246. Esses números em dinheiro custam ao governo cerca de R$ 220 milhões por mês e R$ 3 bilhões anuais.

Agora, no último ano de governo, Maggi realiza um concurso para contratação de mais de 10 mil novos servidores, mais do que foi incorporado ao quadro ao longo dos mais de sete anos.

Para o secretário de Administração, Geraldo de Vitto, o aumento no índice de servidores é reflexo do crescimento do Estado, que em sete anos praticamente dobrou em força econômica. “No começo da gestão Maggi o PIB era de R$ 21 bilhões e hoje está em cerca de R$ 40 bilhões. O Estado aumentou, e a administração também tem que acompanhar, não pode ficar para trás”, explicou o secretário.

Do total de servidores, hoje 36.150 são efetivos e em 2003 eram 35.621. Na classificação aposentados e pensionistas, o Estado tinha, em 2003, 17.454 e até fevereiro de 2010, 20.783.

Já em relação aos cargos comissionados de carreira, postos de chefia ocupados por servidores efetivos e que recebem uma gratificação por isso o número dobrou. De 2.253, saltou para 4.414. De Vitto ressalta que esse quadro é reflexo da política de valorização do servidor. “Nós pegamos o próprio servidor do governo e damos a ele mais uma atribuição, e ele, claro, recebe por isso, valorizando nossos profissionais”. Os exclusivamente comissionados, servidores que não são concursados, somam 1.899. Em 2003, esse número era de 1.595.

De Vitto afirma que o Estado cresceu e se reorganizou, criando atribuições para as novas necessidades sociais, o que naturalmente exige mais incorporação de profissionais, segundo ele. Exemplo citado foi a criação do MT Regional. “Percebemos que Mato Grosso é um Estado muito rico e pobre ao mesmo tempo. Estamos tentando diminuir a diferença entre classes, melhorando a distribuição de renda e criamos o MT Regional. E isso, por exemplo, demanda profissionais”, disse o secretário.

Defensor do Estado mínino, ou seja, a participação do Estado apenas nas áreas essenciais, como saúde, educação, segurança, o secretário enfatizou que a contratação dos 10 mil novos servidores vai atender as áreas-fim da administração, ou seja, aquelas que atendem diretamente a população, como educação e segurança. Para a área meio ambiente, do montante total, apenas 600 vagas são destinadas a esse setor.

Curiosamente, a saúde não foi privilegiada neste concurso. De Vitto afirma que hoje o Estado possui número suficiente de profissionais dessa área e o problema é que metade deles está cedido a prefeituras. Jogando para o lado político, ele questiona sobre de quem é a competência desse setor. “As prefeituras é que são responsáveis. Isso é um modelo adotado quando José Serra era ministro da Saúde, que na época deu certo, mas não acompanhou a evolução. Não precisamos de mais profissionais na saúde. Se convocarmos todos que estão cedidos o número será satisfatório”, afirmou o secretário.

Prefeitura de Cuiabá e governo do Estado vivem uma queda-de-braço pela responsabilização da crise vivida na Capital. A prefeitura reclama que o governo não privilegia os repasses para a cidade, e o governo, por sua vez, afirma a má gestão do setor na capital, que enfrentou uma greve de médicos de quase três meses no ano passado.






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