Ao menos 12 secretários saem do governo para disputar as eleições, por motivos pessoais e para trabalhar na campanha de Blairo Maggi
Mudanças provocam reações no Paiaguás
Vazamento de informações dando conta da montagem do novo staff do vice-governador Silval Barbosa (PMDB), que assume dia 31 de março a administração do governo do Estado, provocou reuniões às pressas no Palácio Paiaguás, sede do Executivo estadual. Mesmo preferindo tratar o assunto como confidencial, não foi possível segurar as primeiras conversações. Ontem, no princípio da noite, o governador Blairo Maggi e o vice se reuniram com o secretário da Fazenda, Eder Moraes que deverá ser remanejado para a Casa Civil.
Às 20 horas, a reunião havia acabado. Eder Moraes anunciou que outro encontro em local não divulgado foi marcado para tarde de hoje.
Silval assumirá o comando do Estado a partir de abril com várias mudanças no staff. Cinco delas ocorrerão porque os secretários vão se desincompatibilizar dos cargos para disputar a eleição. Os outros sete alegam motivos pessoais e para acompanharem a disputa eleitoral de Maggi a uma das duas vagas para o Senado.
Nove deverão permanecer secretários, mas não estão descartadas trocas entre os titulares das pastas e a função que cada um terá no processo administrativo e eleitoral, pois após assumir em definitivo os destinos político e administrativo de Mato Grosso, Silval Barbosa terá nove meses de mandato caso não seja reeleito.
O vice admitiu que vem discutindo a nomeação do médico Kamil Fares na Secretaria de Saúde. Ele deverá substituir Augustinho Moro. Ele também admitiu que poderá remanejar para a Casa Civil o atual secretário de Fazenda, Eder Moraes. Chegou a cogitar a possibilidade de Eder acumular duas pastas, sendo a outra a de Justiça e Segurança Pública, mas ressaltou que a prioridade é evitar esse tipo de coisa. Veja mais detalhes de como deve ficar o staff no quadro ao lado.
Ao falar do assunto, Maggi recomendou aos peemedebistas que deixem Silval administrar com liberdade. Citou que os demais partidos governistas, como o PR e PP, já fazem isso. O receio de muitos aliados é que a administração de Silval fique nas mãos do presidente do PMDB, deputado Carlos Bezerra. Alegam que o vice poderia ter desgaste ao vincular a imagem ao dirigente da sigla que mesmo acumulando desgastes, sobrevive na política há pelo menos 40 anos.
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