Estádio Verdão começa a ir abaixo neste mês
Mesmo sob resistência de alguns setores, o Governador José Fragelli virá abaixo a partir deste mês junto com as chamadas águas de março. No mesmo espaço do Verdão, na região da Cidade Alta, em Cuiabá. surgirá um novo estádio, ao custo de R$ 450 milhões. Mesmo com a construção da Arena Multiuso, que será utilizada para a Copa do Mundo de 2014, a ideia de demolir o Verdão ainda enfrenta resistência. Entidades de classe, como a Associação dos Usuários de Transporte Coletivo do Estado (Assut), chegaram a protocolar uma ação civil pública para tentar impedir que o Verdão seja demolido.
Alheio a essa questão, o time de diretores da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal, a Agecopa, presidido por Adilton Sachetti, dá prosseguimento à ação. As obras precisam ficar prontas até maio de 2013. O futuro estádio foi projetado com um estacionamento para 15 mil vagas. As arquibancadas devem ser cobertas e com assentos e divididas em níveis. Serão 880 lugares em camarotes, além de espaço para a imprensa em 108 divisões. O estádio também terá áreas específicas, como business seats (112 lugares), tribuna de honra para 79 pessoas e camarotes vips (1.456 lugares). O campo de jogo prevê dimensões de 105x68 metros. Não haverá o fosso como no estádio Verdão e o público terá maior proximidade com o campo.
A engrenagem é complexa porque além do estádio devem ser feitas adequações no sistema de trânsito e transporte de massa da Capital, segurança, saúde e turismo. Cinco consórcios concorrem atrás da obra. Só um é de Mato Grosso: o Consórcio Pantanal. Os demais grupos ou empresas são de São Paulo e Minas Gerais. No cronograma de trabalho da Agecopa também segue a elaboração de projetos para o início das principais obras a serem feitas para o Mundial.
Estrutura
Instituído pelo governador Blairo Maggi (PR) com assinatura do Decreto 2.257, a estrutura organizacional da Agecopa conta com 80 cargos técnicos. Sua Diretoria Colegiada é composta de sete pessoas, incluindo o presidente Sachetti. Os diretores atuam provisoriamente em salas no ginásio Aecim Tocantins. Cabe à autarquia planejar, executar, controlar, fiscalizar e coordenar os projetos especiais do governo para Cuiabá sediar o Mundial. Somente de repasse do Estado, por meio de um Fundo, a Agecopa receberá ao menos R$ 1 bilhão até 2013. Esse montante deve ser utilizado no pagamento de pessoal.
A Diretoria da Agecopa é composta por Yênes Magalhães (Planejamento e Gestão), Yuri Bastos Jorge (Assuntos Estratégicos), Sachetti (presidente), Jefferson Carlos de Castro Júnior (Orçamento e Finanças), Roberto França (Comunicação e Marketing), Carlos Brito (Infraestrutura) e Agripino Bonilha Filho (Articulação Interistitucional). Os cargos estão divididos entre um presidente e seis diretores e diversos assessores, gerentes, coordenadores e chefes de gabinetes. Com salários serão consumidos praticamente R$ 150 mil mensais. Cada diretor tem direito a 9 assessores especiais, com salário de R$ 7,5 mil cada, o que totaliza R$ 67,5 mil ao mês.
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