Missão gera experiência e novas ideias para empresários mato-grossenses
Prestação de serviço foi um diferencial identificado pelo grupo de mato-grossenses que participou da missão técnica, para o Panamá e desembarcou na manhã desta segunda-feira (08.03), em Cuiabá. Os participantes observaram que o empresário panamenho ainda não tem a cultura de vender bem e atender o cliente com dedicação. Isso foi identificado tanto no atacado, como no varejo. O secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, que acompanhou a missão, diz que o interesse em comprar ainda é maior que o de vender.
O técnico do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MT), André Schelini acrescenta que as missões técnicas, além dos novos negócios e fornecedores, também fazem com que o empresário mato-grossense tenha novas ideias e possa fazer uma comparação entre o desempenho dos empresários locais e o que vêem em outros países. “A vivencia é uma experiência importante. Este grupo que visitou o Panamá trouxe na bagagem muitas novidades”.
A empresária do setor de confecções, Carmem Suzana Figueredo concorda com Andre e garante que as missões técnicas trazem um novo ano ânimo para os negócios. “Elas me ajudaram a melhorar o meu empreendimento. Sempre há uma novidade ou a adaptação de uma ideia seja para a vitrine ou para a embalagem do produto. Viajar é aprender a teoria na prática”. Ela diz que a viagem para o Panamá foi positiva, mas ressalta que ainda é preciso aprimorar alguns pontos para que os empreendedores aproveitem mais o programa.
Assim como Suzana, Sérgio Antunes, que também é do setor de confecções, conseguiu fazer bons contatos. Ele visitou várias empresas na Zona Livre de Cólon em busca de novos fornecedores e garante que o resultado foi positivo. Já Paulo Sérgio e a esposa Marina Ribeiro visitaram empresários que não estava na Expocomer e nem na Zona Livre de Cólon. “Precisamos aproveitar todas as oportunidade e, por isso, cumprimos uma agenda fora da programação proposta pela missão e o resultado foi muito promissor”.
Mas quem tirou a sorte grande foi a família Prado que atua no setor de confecção há mais de 20 anos em Mato Grosso. “Encontramos um fornecedor que oferece produto de qualidade e tem preço bom. Entramos na empresa dele sem muitas esperanças, mas o negócio rendeu”, diz Geraldo Prado. A esposa Zuleide acrescenta que o comerciante precisa estar sempre em busca de novos e bons negócios. “É o que fazemos durante as missões”.
As empresárias do setor de jardinagem Ana Rute Mello Arruda e Irmgard Toillier não encontraram fornecedores para o segmento em que trabalham, mas afirmam que a viagem foi produtiva em função da experiência. “As missões são muito bem planejadas e se não for assim não rende. Esta para o Panamá foi muito produtiva”.
O Panamá é conhecido mundialmente pelo serviço. Atualmente reexporta 65% do que importa. A Zona Livre de Cólon, também visitada pelo grupo de mato-grossense, oferece produtos com preços mais em conta e vendas por atacado. Apesar de ter o Canal do Panamá, responsável por 8% do Produto Interno Bruto (PIB), o País ainda é perde para o Mato Grosso. Enquanto o PIB do Estado é de cerca de US$ 23 milhões, o do Panamá não passa dos US$ 18 milhões. “Essa comparação é para mostrar o potencial de Mato Grosso”, enfatiza Nadaf.
MISSÕES EM 2010
O secretário de Indústria e Comércio destacou que este ano serão realizadas mais 10 missões técnicas internacionais e que os interessados devem procurar o Sebrae ou a Sicme porque as vagas são limitadas. Ele conta que Milão, na Itália será uma das inovações deste ano. “É a capital da moda. É uma oportunidade única de conhecer como funciona este setor”.
Nadaf ressalta que nos últimos três anos uma parceria entre o Governo do Estado com o Sebrae tem permitido a intensificação destas viagens. A ideia é criar a cultura e o referencial de padrão e de mercado para o empresário mato-grossense. “Nestas viagens os mato-grossenses têm a oportunidade de verificar as diferenças entre o que há em Mato Grosso e outras partes do mundo”.
Estas missões técnicas são uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), o Sebrae e os empresários que arcam com a despesas de passagem, hospedagem e alimentação. As entidades publicas subsidiam apenas o aporte técnico e as consultorias.
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