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MT Eleições 2014
Domingo - 07 de Março de 2010 às 09:35
Por: Ana Rosa Fagundes

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O impasse sobre quem será o candidato petista ao senado na eleição deste ano vai ficando cada vez mais acentuado. Apesar do sorriso no rosto e fala amena, as palavras são como farpas. A senadora Serys Slhessarenko e o deputado Carlos Abicalil participaram ontem da reunião do diretório estadual, no Mato Grosso Palace Hotel.

A senadora afirmou que está sendo discriminada por parte dos correligionários, e que de forma muito indelicada estão a mandando ficar em casa. Já o deputado federal Carlos Abicalil afirma que a senadora deve “repensar sua posição pessoal”, já que ele está pensando politicamente.

Serys afirmou que prova dessa discriminação é que Mato Grosso é o único Estado onde uma candidata a reeleição pode ter que enfrentar prévia para ser confirmada. “Nos outros lugares, só brigam por candidaturas ao senado pessoas que não ocupam o cargo, porque é natural que qualquer pessoa que já esteja no posto tente a reeleição, ainda mais porque tenho um mandato muito bem avaliado”, afirmou a senadora.

Um calendário com datas importantes, como a definição de quem será o candidato será elaborado até o final deste domingo pelos membros do diretório. Serys e Abicalil defendem a orientação nacional de não realizar prévia para decidir quem será o candidato. Uma eleição interna pode desviar o foco principal do PT, que é a candidatura da ministra Dilma Rousseff.

Para Abicalil, que é presidente estadual do PT, sendo eleito no ano passado com mais de 60% dos votos, uma prévia não significa um racha interno e enfraquecimento nas urnas. “O PT é democrático, não tem um manda-chuva aqui dentro que dá um telefonema e decidi tudo. Se ocorrer uma prévia, depois de decidido quem será o candidato, o partido une forças para eleger nosso candidato, independente de quem for”, disse o deputado.

Outra polêmica estava na pauta de discussão da reunião: suplência do PT na Assembleia. A secretária-adjunta da secretaria de Educação do Estado, Vera Araújo (PT), defende que a bancada petista na Assembleia Legislativa apresente uma proposição de alteração no regimento interno da Casa, impondo que o deputado licenciado não retorne ao posto antes de sua licença terminar.

A ideia de Vera não é ocasional. Como segunda suplente de deputada no partido, ela deveria assumir a vaga de Ademir Brunetto que se licenciou, na intenção de abrir espaço para Flávio Gomes, que é o terceiro suplente. Em declarações, Bruneto afirmou que se ela assumisse, voltaria para o cargo.

Bruneto, que também participou da reunião, afirmou que Vera “tem o direito de assumir, mas o dever de renunciar”.






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