Ainda há muito para avançar, mas a cada ano, evolução feminina no mercado é feita a passos largos e firmes
Mulheres tem 52% da mão-de-obra ativa
O Dia Internacional da Mulher será comemorado nesta segunda-feira, 8, e as mulheres têm motivos de sobra para festejar a data. Nas últimas décadas, de acordo com as estatísticas, a participação da mulher no mercado de trabalho teve evolução fantástica. E, somente de 2000 para cá, a mulher conseguiu melhorar em 16% sua presença no concorrido mercado, buscando compartilhar e buscar os espaços em condições de igualdade com os homens. E o resultado deste esforço não poderia ser melhor.
As mulheres saíram de 29% de participação, em 2000, para 46% em 2008 e hoje provavelmente já são mais de 50% na área do empreendedorismo. Mas quando o assunto é o mercado de trabalho, o público feminino já representa 52% da população economicamente ativa do país. Mato Grosso segue esta estatística.
“Avançamos bastante nos últimos anos, porém, ainda temos muito para conquistar”, diz a presidente da Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais (BPW) de Cuiabá, Mariza Bazo.
Segundo ela, antigamente as mulheres iniciavam um negócio por necessidade. “Hoje elas estão procurando se profissionalizar e se qualificar para se firmar no mercado. A partir dos anos 80 notamos que o mercado ficou mais feminino, pois à época tínhamos uma participação de apenas 30% e hoje já somos praticamente a maioria”.
Para o executivo Fernando Loureiro, o avanço feminino se deve à própria dedicação das mulheres. "Elas têm procurado se aperfeiçoar. Pós-graduação e MBA. Com isso, começam a crescer na carreira".
Para a promotora Vânia Souza, não importa hoje se o profissional usa saia ou calça: para alcançar um cargo executivo, o que conta é o preparo. Na opinião dela, muitas mulheres ainda sentem dificuldade em controlar o próprio tempo, o que pode ser um empecilho para o desenvolvimento profissional. Afinal, a ampliação do conhecimento é uma atividade que costuma consumir muitas horas por semana.
"Administrar o próprio tempo é importante para conseguir se desenvolver mais rapidamente. Os homens fazem isso com mais facilidade. Acompanhar as mudanças operacionais e legais, se informar sobre a crise e seus efeitos – tudo isso requer dedicação e muitas horas”, enfatiza.
Na opinião da empresária e jornalista Sueli Batista, a mulher tem muito a avançar em suas conquistas definitivas. “Por exemplo, temos uma participação muito tímida em cargos executivos e, na política, estamos apenas engatinhando, com poucas representantes na Câmara Federal e no Senado”, diz, lembrando que as relações sociais e o mercado de trabalho devem ser equilibrados entre homens e mulheres.
Segundo ela, inúmeras parcerias têm sido desenvolvidas no país, com foco no estímulo ao trabalho e empreendedorismo feminino. “Para se ter uma idéia, ao longo de seis anos capacitamos cerca de 10 mil mulheres”.
Sueli Batista conta que faltam investimentos para pesquisas em relação ao mercado feminino, como diagnósticos atualizados no que tange à participação da mulher tanto nos negócios quanto no mercado de trabalho. Por outro lado, entretanto, - lembra - as mulheres têm dado grande contribuição para o desenvolvimento econômico, ampliando seu conhecimento de mercado, desenvolvendo parcerias, buscando novas oportunidades, enfrentando mais riscos, persistindo na superação de desafios e eliminando o preconceito de gênero de forma organizada. “Estamos avançando a passos largos e o futuro que nos espera é brilhante”, diz.
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