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Economia
Domingo - 07 de Março de 2010 às 05:38
Por: Jonas da Silva

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A bovinocultura de corte em Mato Grosso adota novas ações para promover o negócio sustentável e ganhar competitividade no mercado internacional. Apesar de não haver estudos que mostrem a sua quantidade, a integração lavoura-pecuária é uma das medidas mais comuns que vêm sendo adotadas pelos pecuaristas estaduais. A preocupação com o quesito sanidade também não foi deixada de lado. E o resultado de todo esse investimento nos procedimentos que visam a sustentabilidade das propriedades é reconhecido no exterior e rotulado pelos consumidores como empreendimentos com "selo verde", ou seja, que produzem produtos dentro dos critérios ambientais.

"Antes, a sanidade era o grande problema a ser resolvido por produtores e governos, agora é a questão do meio ambiente, que tem que ser respeitado", recomenda aos associados o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Otávio Cançado. "A questão ambiental é fundamental para a pecuária, a indústria exportadora e processadora de carne no mercado externo", avisa ao justificar a necessidade da adesão de pecuaristas e frigoríficos aos programas de monitoramento de práticas e à legislação ambiental.

Na análise de Cançado, mercados exigentes como União Europeia, Japão, Coréia do Sul, Estados Unidos e Canadá tendem a exigir sim garantias de qualidade da carne, mas aumentará a pressão por certificados de origem ou rastreabilidade do que consomem, itens ligados ao meio ambiente e à forma como os produtos foram produzidos.

O consultor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Luiz Carlos Meister, explica o tamanho desse desafio, e acrescenta a Malásia na lista, como mercado que "o Brasil ainda não consegue entrar por causa da falta de status do rebanho livre de aftosa sem vacinação".

A aceleração dos negócios em direção à preocupação com a sustentabilidade é objetivo de mercado, mas resume a sobrevivência do setor. "No que diz respeito à Área de Preservação Permanente (APP) e reserva legal, o produtor aderindo ao MT Legal já mostra que está se corrigindo", alerta o consultor ao comentar o programa do governo do Estado para o cadastro e licenciamento ambiental no intuito de resolver passivo ambiental das propriedades. O presidente da Associação dos Criadores de Nelore (ACN), Gilberto Porcel, aponta a integração lavoura-pecuária como ajuste para o desafio ambiental. "Em 10 anos, não existirá mais um plantador de soja que não seja criador de boi, e vice-versa".





Fonte: A Gazeta

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