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Sábado - 06 de Março de 2010 às 11:14
Por: Patrícia Sanches

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   O jornal "Comunicativo da Assembleia Legislativa" deste mês traz como um de seus destaques uma reportagem especial sobre como os funcionários da Casa veem o reality show Big Brother Brasil, exibido pela TV Globo. O curioso é que o jornal, que tem a marca da AL e é intitulado: Informativo da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em tese, deveria focar as suas matérias jornalísticas em outras temáticas vinculadas ao cotidiano dos deputados e servidores, mas na reportagem, assinada por Márcia Oliveira, intitulada: E você assiste BBB?, o que se vê é uma análise “rasa” sobre os impactos que o programa televisivo tem sobre a vida dos servidores. Assuntos como Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e até mesmo ações dos deputados ou do próprio Legislativo são praticamente ignorados na edição.

  “A tevê (sic) aberta, sucesso nacional desde sua chegada no Brasil em 1950, nunca viveu momento tão crítico como o da primeira década deste século, quando começou a perder audiência com a popularização da internet e a ampliação do acesso à tevê (sic) fechada. Desde então, este mercado reage de todas as formas para segurar os telespectadores e um dos produtos que evidencia este apelo é o Big Brother Brasil”, diz um trecho do texto.

  Para saber o que os servidores pensam sobre a 10ª edição do BBB, teria sido realizada uma espécie de enquete: “Interessados em conhecer o que você, servidor da Assembleia Legislativa, pensa sobre este tipo de programação, ouvimos vários trabalhadores. E para nossa surpresa, a maioria dos entrevistados avalia que o programa não acrescenta nada, que traz baixaria e vulgaridade para seus lares e que prefere fazer coisas mais úteis no seu tempo livre”, descreve a jornalista.

  Mesmo sem amparo teórico da psique humana, a reportagem tece comentários sobre os motivos que levam os seres humanos a criticarem o BBB, ao mesmo tempo que descrevem detalhes do que acontece na chamada novela da vida real. “De todas as edições do BBB, este é o único a ter um homossexual assumido, um travesti, um lutador tido como homofóbico, uma doutora em linguística, uma policial militar, entre outros com realidade de vida, opções e formação educacional muito diferentes. Só por isso, o programa já garante boas doses de confusão e consequentemente, de audiência. E você, o que pensa do Big Brother?”, finaliza a reportagem. Além de destacar os estereótipos presentes no BBB, o informativo da AL traz a programação do SESC Arsenal, informações sobre a atuação do Colégio de Líderes, sobre uma plantação de mudas, além da programação do Dia da Mulher na AL. Esta é a 16ª edição do jornal.

  Outro lado

  Segundo a secretária de Comunicação da AL em exercício, Maria Aparecida de Aguiar, a Cidinha, o informativo é voltado apenas para os servidores e seria disparado por meio de email para pelo menos 100 funcionários. Ela argumenta que o programa BBB gera muitos debates em toda a sociedade, por isso, a sua equipe resolveu publicar a matéria e destacar questões comportamentais. “Esse comunicativo não é político para a Assembleia, é mais light. Pretendemos até criar uma coluna social para os servidores”, reforça Cidinha. Ela argumenta também que as reportagem do jornal são voltadas para temáticas relacionadas à Sala da Mulher e que a ideia é deixá-lo cada vez mais leve. Teria sido criado em outubro do ano passado, é semanal e feito pela Secom da Casa de Leis.





Fonte: RD News

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