CPI determina que Google explique conteúdo pedófilo
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Senado que investiga casos de pedofilia determinou ao provedor Google a transferência do sigilo telemático de cerca de 1.200 dados e fotos do site You Tube postados em páginas do site de relacionamento Orkut. O presidente da CPI, Magno Malta (PR-ES), afirmou que, apesar do termo de conduta ajustado com o Google há dois anos para a criação de ferramentas de bloqueio a páginas que contenham material pornográfico com crianças e adolescentes, ainda foram encontrados conteúdos desse tipo em mais de 1.200 vídeos no You Tube, comprado pelo provedor.
O Google terá cindo dias, a contar do recebimento da comunicação, para repassar todos os dados. O objetivo é identificar o IP número de identificação do computador de onde partiu a postagem dos vídeos e fotografias contendo abusos sexuais a crianças e adolescentes. Magno Malta explicou que, de posse desses números, será possível requerer a quebra de sigilo telefônico ao qual o computador está conectado e saber quem são os autores das postagens.
Quando foi acertado com representantes do Google o termo de conduta, a empresa requereu prazo de um ano para criar as ferramentas necessárias, com o objetivo de coibir o acesso a materiais de pornografia infantil. Um ano e dois meses depois, ainda foram encontrados esses vídeos. "Pode ser que essas ferramentas não sejam suficientes", ressaltou o senador. Por isso, na próxima terça-feira (9), a CPI deve convidar representantes da empresa para explicar as ferramentas de proteção em funcionamento e os motivos pelos quais ainda estão ativos materiais pornográficos em sites como o You Tube.
Entre os requerimentos aprovados está o de convocação do funcionário do Clube de Regatas Flamengo Flávio Pereira, investigado por suspeita de pedofilia pela Delegacia da Criança e Adolescente, do Rio de Janeiro.
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