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Saúde
Sexta - 05 de Março de 2010 às 02:29
Por: Fernando Duarte

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Relatório com dados levantados pela comissão será encaminhado para o governo do Estado
Relatório com dados levantados pela comissão será encaminhado para o governo do Estado

Cento e vinte pessoas morreram em filas de espera de exames e cirurgias em Mato Grosso de 2008 até hoje. O dado faz parte do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, que afirma que os gestores públicos devem ser responsabilizados criminalmente caso seja comprovada negligência no atendimento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O deputado Percival Muniz sugeriu que sejam tomados depoimentos dos secretários de Saúde do município e do Estado. "A CPI irá responsabilizar criminalmente aqueles gestores públicos que foram omissos e causaram a morte das pessoas para que não continuem tratando a saúde pública desta forma".

"Eu tenho a impressão que há vestígios de negligência, mas temos que apurar essa situação", completa o presidente da CPI, deputado Sérgio Ricardo (PR).

Como exemplo de "vestígios de negligência", o parlamentar aponta a demora no atendimento dos pacientes, a falta de interesse em resolver os problemas e o histórico dos familiares das vítimas. Um dos pontos reclamados pelos integrantes da CPI é a demora em receber as informações, sendo que algumas chegam "incompletas".

Em um pré-relatório da CPI, que será encaminhado ao governo do Estado, estão como sugestões emergenciais a aquisição do Hospital Geral Universitário (HGU) e do Hospital das Clínicas.

O pré-relatório indica que o governo do Estado deva contratar o HGU e até os profissionais que nele trabalham, já que o hospital é referência no atendimento de média e alta complexidade e um dos que mais faz atendimentos pelo SUS em Mato Grosso. Em relação ao Hospital das Clínicas, a intenção é que ele se torne uma instituição especializada no atendimento infantil, pois não há unidade específica para crianças no Estado. Atualmente, das 120 mil pessoas que aguardam nas filas, pelo menos 1,5 mil pessoas estão na de cirurgias ortopédicas, 500 para cardíacas e cerca de 300 para as neurológicas.

Outro lado - O secretário de Saúde de Cuiabá, Maurélio Ribeiro, disse que não irá comentar o assunto. A assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde informou que irá se pronunciar quando for notificada dos casos e, quando receber a lista das vítimas, será promovida uma auditoria.





Fonte: A Gazeta

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