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Quarta - 03 de Março de 2010 às 09:00
Por: Romilson Dourado

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A um mês do prazo-limite para desincompatibilização, o prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) voltou a estudar a possibilidade de permanecer no mandato e enterrar o projeto de candidatura ao governo estadual, diante da condenação à inegebilidade por três anos imposta pela Justiça Eleitoral por falhas na prestação de contas da campanha de 2008. Ele está inelegível por três anos. Mesmo que consiga derrubar a decisão, enfrentará insegurança jurídica até o julgamento do mérito. Há risco do tucano renunciar ao mandato até 3 de abril, último dia conforme estabelece o calendário eleitoral, e continuar inelegível. Nesse caso, ficaria sem a cadeira de prefeito e ainda impedido de concorrer às eleições.

   A decisão do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral nesta terça à noite caiu como "balde de água fria" sobre a cabeça do tucano e começa a provocar reviravolta. O quadro eleitoral pode mudar por completo. Se Wilson não inverter a situação, o candidato ao Palácio Paiaguás do grupo será o senador Jayme Campos. Nesse caso, aglutinaria no palanque DEM, PSDB, PTB e provavelmente o PPS e mais alguns partidos nanicos. Uma eventual saída do tucano do páreo beneficia diretamente o pré-candidato da situação, vice-governador Silval Barbosa (PMDB) e também o empresário Mauro Mendes (PSB) que, mesmo isolado, tenta construir projeto alternativo na corrida à sucessão do governador Blairo Maggi.

    Wilson tenta esconder a preocupação, embora tem conhecimento de que sua situação jurídica se complicou. Corre contra o tempo. Ele argumenta que a decisão do TRE já era esperada. Enfatiza que a Lei 12.043, que entrou em vigor no ano passado com a minirreforma eleitoral, assegura o direito de ingressar com recurso no TSE. Vai preparar a defesa baseada, inclusive, no parecer e voto do desembargador Rui Ramos, um dos sete membros do Pleno, que foi pela aprovação das contas. O pré-candidato tucano e ex-deputado estadual e federal considera estranha a decretação de sua inelegibilidade e faz insinuações, em forma de questionamento: "As sete contas anteriores das minhas campanhas sempre foram aprovadas. E a equipe contábil sempre foi a mesma. Será por quê?"

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"As 7 contas anteriores das minhas campanhas
sempre foram aprovadas. E a equipe contábil
sempre foi a mesma. Será por quê?"

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    Não bastasse as problemáticas administrativas já enfrentadas pelo prefeito, como obras empacadas do PAC e outros projetos não concluídos como avenida das Torres e Rodoanel, ainda tem pela frente o "pepino" jurídico. O que levou o TRE a reprovar o balancete da campanha de R$ 1,4 milhão de Wilson, reeleito em 2008 , foi a arrecadação de recurso antes da abertura de conta bancária específica. Além disso, utilizou recurso próprio e em espécie, contrariando o que foi declarado no registro de candidatura. De quebra, Wilson apresentou recibos eleitorais legitimador da arrecadação com rasura, o que compromete sua validade. Três recibos foram emitidos em 15 de julho, antes da abertura da conta bancária específica, que seria 18 de julho.





Fonte: RD News

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