Serra rompe o silêncio e apela ao ex-presidente FHC
Três dias depois da divulgação da mais recente pesquisa Datafolha (no sábado, 27), o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), rompeu o silêncio, mudou o tom e adotou um discurso político e nacional. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da pré- candidata do PT à Presidência, ministra Dilma Rousseff, o governador fez, em seu discurso, uma defesa enfática do papel da indústria para o desenvolvimento econômico do país, citou o papel do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a retomada e modernização da indústria automobilística e discorreu sobre a importância dos programas de sua administração, no governo paulista, para o combate à crise econômica global.
Serra vem sendo pressionado por membros do PSDB e do DEM a assumir sua candidatura ao Palácio do Planalto à Presidência da República, principalmente depois que a diferença entre ele e pré-candidata do PT caiu de 14 pontos para apenas quatro pontos na última pesquisa Datafolha.
Essa mostra indica Serra com 32% das intenções de voto, contra 28% de Dilma. "Eu pessoalmente participei dessa modernização em 1995 quando muitas fábricas, inclusive a Ford, estavam para deixar o Brasil em função da valorização cambial, juros e retirada de tarifas (de importação). Nós fizemos um programa de modernização que impulsionou bastante o setor e ele veio se expandindo em condições de muito boa qualidade e produtividade", afirmou Serra, em Sorocaba.
"Nos preocupa hoje em dia, uma preocupação que é compartilhada pelo ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que também participou do evento), a questão das exportações do setor (automobilístico). No ano passado, tivemos um déficit de US$ 3,7 bilhões nessa área, incluindo autopeças, e é importante que a indústria se desenvolva também exportando, não apenas atendendo, embora seja seu motor principal, o mercado interno", disse.
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