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Polícia Brasil
Terça - 02 de Março de 2010 às 20:41

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Os seguranças que foram flagrados agredindo um homem na rodoviária de São José do Rio Preto, a 440 km de São Paulo, foram demitidos no final da tarde desta terça (2) pela Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb), que administra o terminal. A agressão foi registrada pelas câmeras do circuito interno de TV.

 

"Eles disseram que o usuário os agrediu primeiro e que tentaram se defender, mas não podemos aceitar este tipo de reação", disse o presidente da Emurb, Fernando Lucas. Segundo ele, um dos seguranças foi demitido por justa causa.

 

 

Os seguranças já haviam sido afastados pela manhã.

As imagens mostram o vendedor de 39 anos sendo imobilizado por um dos seguranças, enquanto outros dois o espancam com chutes, socos e pauladas. Um dos seguranças chega a quebrar um cabo de vassoura de tanto bater no vendedor, que não resiste e cai no chão. As cenas foram presenciadas por pessoas que estavam no local e registradas pelo cinegrafista da TV Tem, afiliada da Rede Globo.

É o segundo caso de violência entre seguranças e usuários do terminal. Em outubro de 2009, um auxiliar de enfermagem de 57 anos morreu após briga com um segurança dentro do terminal.

O delegado Mauro Truzzi Otero, do 1º DP, ouviu o depoimento do vendedor, que disse que havia chegado de Frutal (MG) e estava na rodoviária assistindo à TV quando percebeu que sua filha, de nove anos, havia sido agarrada pelo braço por um segurança. Ao tirar satisfação, foi imobilizado e agredido pelos seguranças.

"Ele estava com marcas pelo corpo, por isso pedi exame de corpo delito", contou Otero. Segundo o delegado, as imagens vão servir para ele saber se os seguranças agiram com abuso de autoridade. "Estou requisitando o relatório da sindicância da Emurb e as imagens para instruir o inquérito que vai apurar crimes de abuso de autoridade e lesões corporais", disse. Na sindicância, os seguranças disseram que Dias foi quem iniciou as agressões usando um cabo de vassoura, que depois foi usado por um dos seguranças para espancá-lo.

O vendedor pode ter sido confundido com um mendigo. De acordo com o presidente da Emurb, testemunhas ouvidas na sindicância disseram que ele estava mendigando no terminal. A mendicância é combatida e proibida no local. "As imagens também mostram que ele pediu coisas para as pessoas. A gente sabe que não tem como evitar, mas os seguranças não podem reagir desta maneira."

O presidente da Emurb também disse que no caso ocorrido em outubro, o segurança não agrediu o auxiliar de enfermagem, que morreu após sofrer uma queda e bater com a cabeça no chão. "O que ocorreu foi que o cidadão possivelmente estava sob efeito de algum produto químico, já que tomava remédios fortes", disse Lucas.

O delegado Otero disse não saber em qual estágio se encontra esse caso porque assumiu a delegacia há pouco tempo.

Entre 3 e 5 mil pessoas passam pela rodoviária todos os dias, segundo a Emurb.


 






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