Cúpula do PT é que definirá candidato ao Senado em MT
A escolha do candidato petista ao Senado deverá ser definida pela Executiva Nacional do partido ao invés da tradicional disputa interna com chapas dos pré-candidatos. O PT deverá aprovar até a próxima sexta-feira uma resolução proibindo a realização de prévias e impede desgastes que respinguem na campanha presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
O objetivo é garantir um palanque sólido e forte para a candidata, sem desgaste. Com isso, a disputa entre a senadora Serys Slhessarenko e o deputado Carlos Abicalil sairá da esfera estadual e ganhará contornos nacionais. A tendência é deixar o veredicto sobre as candidaturas para os encontros estaduais, em abril.
Contando com maioria dentro do partido, Abicalil, presidente regional do PT, rechaçava a possibilidade de a disputa interna fosse decidida fora do âmbito estadual. Embora a senadora Serys também descartasse a necessidade de intervenção da Executiva Nacional, ela procurou o apoio de alguns dos principais líderes do partido, segundo fontes ouvidas pelo Olhar Direto.
O assunto deve ser debatido mais profundamente nesta terça-feira pelas lideranças do PT na Câmara e no Senado. A proibição às prévias para a escolha de candidatos ao Senado deve colocar água na fervura nas disputas internas em andamento também no Rio de Janeiro e em Pernambuco.
O estatuto do PT determina a realização de prévia quando houver mais de um pretendente ao mesmo cargo majoritário, mas a decisão, nesse caso, será política. Além de destacar que nunca houve votação de militantes para a escolha do concorrente ao Senado, petistas argumentam que o 4º Congresso Nacional do partido delegou ao diretório, no último dia 19, a tarefa de decidir, "em última instância", a tática eleitoral para impulsionar a campanha de Dilma.
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