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Economia
Terça - 02 de Março de 2010 às 03:50
Por: Marcondes Maciel

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Pela manhã, as chuvas fizeram os consumidores saírem de cena, mesmo com salários quitados pelo Estado e Várzea Grande
Pela manhã, as chuvas fizeram os consumidores saírem de cena, mesmo com salários quitados pelo Estado e Várzea Grande

As chuvas que caíram nos últimos dias sobre a Grande Cuiabá inibiram vendas e ocasionaram perdas ao comércio. Os prejuízos, segundo lojistas, podem chegar a 50%. Ontem, por exemplo, a chuva que durou praticamente toda a manhã, afugentou consumidores das ruas, o que impôs um início de mês diferente do esperado pelo comércio. Ao invés de dinheiro entrando em caixa, o que se via eram vendedores de braços cruzados torcendo pelo fim do aguaceiro.

“Depende do horário e do tempo da duração das chuvas. Quando temos uma manhã inteira de chuvas, como ontem, praticamente não temos movimento porque as pessoas têm dificuldades para se locomover das suas casas”, disse o gerente de uma loja da rede de eletrodomésticos Ponto Certo.

“A chuva realmente atrapalha um pouco o comércio”, admite o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), José Alberto Aguiar.

Ontem pela manhã, o fluxo de pessoas nas lojas do centro era bastante pequeno. Tanto as lojas de eletrodomésticos quanto as de tecidos, confecções e calçados registraram perdas.

“Tivemos {ontem} uma queda de 50% no fluxo de consumidores e nas vendas. Vamos esperar pela tarde”, disse o gerente da Riachuelo, Claudiomir Costa. Segundo ele, com o tempo chuvoso as pessoas não saem de casa. “Além disso, não há estacionamento, o que leva muitas pessoas a desistirem da compra porque teriam de deixar o carro longe do local onde desejam ir. (Ontem) percebemos claramente isso”.

Claudiomir diz que a queda sobre o movimento pode prejudicar o resultado das vendas no balanço do mês. Ele diz que no primeiro bimestre do ano a loja registrou crescimento em torno de 15%. Para manter as vendas em alta, a rede lança hoje a campanha outono-inverno. “Vamos apresentar a coleção de Ivete Sangalo e o que há de mais novo em moda, tendência para o inverno”, conta o gerente. Os preços, segundo ele, são promocionais e a campanha chega com descontos paralelos de até 70% na coleção de verão.

A Avenida, outra rede varejista de confecções e tecidos localizada no Centro da capital, registrou perdas imediatas entre 15% e 20% nas vendas, segundo a gerente Fátima Cristina. “São perdas que podem ser recuperadas no decorrer do dia”, pondera.

Para a rede, o ano começou bem. “Os consumidores estão mais animados, tivemos um incremento de 15% no primeiro bimestre”, avalia, apontando a estabilidade econômica e a melhora no poder aquisitivo do trabalhador como as principais causas deste aquecimento. A loja também está lançando a campanha – “Cama, mesa e banho” – com preços reduzidos de até 30% em seus produtos e vendas em até cinco vezes sem juros.

CDL – Além da falta de estacionamentos, o presidente da CDL, lembra que as chuvas por si só inibe um pouco a saída das pessoas, como também compromete o escoamento das águas pluviais, o que gera alagamentos e confusões no trânsito. “Ao pensar nisso, quem pode adiar, deixa de sair de casa sob essas condições”. Ele completa dizendo que “a enxurrada não encontra ponto de escoamento, correndo por cima das calçadas e em alto volume no meio das ruas, atrapalhando o trânsito de pessoas e veículos. No entanto, o período chuvoso aumenta a venda de itens sazonais como guarda-chuva, capas e sapatos fechados”. Com as chuvas, aumenta também a procura por entrega de produtos em domicílio, como os das áreas de alimento e farmácia.

Se a chuva atrapalha o comércio, em outro ponto acaba sendo benéfica. “É preciso lembrar que a chuva é um ponto natural de equilíbrio. Enche os reservatórios das hidrelétricas, favorece as plantações agrícolas e amenizando o calor”, pontua o presidente da CDL, José Aguiar.

TAXIS – O setor de transporte registrou incremento com as chuvas. “O movimento aumentou em torno de 20% em relação a um dia normal, sem chuva”, avalia o presidente do Sindicato dos Taxistas de Cuiabá (Sintac), Antônio Bodenar. A maior procura é por corridas das casas para o trabalho, shoppings e hospitais. O problema, segundo Bodenar, é que o trânsito fica congestionado, lento, e perde-se muito tempo com uma corrida. “Poderia se ganhar muito mais”, lamenta.






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