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Economia
Segunda - 01 de Março de 2010 às 13:39

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O Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor recuou 0,9% em janeiro de 2010, atingindo o valor de 102,5. Foi a quarta queda mensal consecutiva deste indicador, sinalizando que o ritmo de concessões de crédito às pessoas físicas entrará em rota de desaceleração durante o primeiro semestre de 2010, especialmente ao longo do segundo trimestre. Por sua vez, o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito às Empresas caiu 0,5% em janeiro de 2010, a terceira queda mensal consecutiva, atingindo o valor de 98,3.

Tendo em vista que os indicadores de perspectiva antecipam, para os próximos seis meses, as oscilações do mercado de crédito, as recentes quedas mensais destes indicadores sinalizam que o ritmo de expansão do crédito deverá mostrar sinais de arrefecimento já durante o próximo trimestre. Isto deverá ser mais acentuado para o volume de concessões de crédito aos consumidores do que para as empresas, dado que o recuo acumulado pelo Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor já é de 2,4% (entre outubro de 2009 e janeiro de 2010), ao passo que o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito às Empresas apresenta queda acumulada menor (1,0% entre novembro de 2009 e janeiro de 2010).

 
 
Além do cronograma de retirada dos estímulos fiscais às aquisições de eletroeletrônicos e automóveis, e da elevação das taxas de juros nos mercados de futuros, os quais balizam o custo do crédito para as operações de prazos mais longos, a recente decisão do Banco Central em aumentar o volume de recolhimentos compulsórios sobre os depósitos à vista e a prazo, também contribuirá para diminuir o ritmo de crescimento do crédito ainda neste primeiro semestre.

Por fim, vale ressaltar que o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor ainda permanece acima do nível 100. Portanto, tal desaceleração do crédito às pessoas físicas ocorrerá de forma gradual, longe de significar algo semelhante à restrição verificada entre o final de 2008 e boa parte de 2009 devido aos impactos da crise financeira internacional sobre o mercado de crédito bancário brasileiro.





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