Durante a entrevista, o presidente da AL José Riva falou sobre o processo político, trabalhos do legislativo e também sobre saúde pública
Quadro político em MT está totalmente indefinido, diz Riva
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), concedeu entrevista na noite deste domingo (28) no programa Ponto de Vista, transmitido ao vivo pela TV Rondon, afiliada do SBT. Durante uma hora, o parlamentar respondeu a diversas perguntas, que foram feitas pelos telespectadores por telefone. Para ele, o processo eleitoral deste ano não possui um quadro definido.
“O quadro político de Mato Grosso está totalmente indefinido e o PP não tomou nenhuma decisão ainda. Também não fechamos as portas para ninguém. Mas, ainda vamos exaurir a discussão interna até início de abril, quando tivermos o pleito definido. Não estamos apressados. O principal foi feito, pois já definimos as chapas proporcionais”, declarou Riva, salientado que os progressistas, Chico Daltro, presidente regional da sigla, e Pedro Henry, deputado federal, vão influenciar a decisão. “Logicamente, pois eles ajudaram a criar esse partido”, completou.
Segundo ele, o PP montou uma chapa proporcional considerável, o que fortalece a legenda. “Tem muitos partidos por aí fortalecido e o PP é um deles que pode influenciar ou até decidir as eleições, mas não somos a noiva da vez”. José Riva ainda garantiu que, independente do que for definido, não haverá “racha”. “Vamos tomar uma decisão partidária. Em qualquer situação, sairemos unido e coeso. Seria incoerente eu falar de eventuais alianças ou simpatia sem que o partido não tenha decidido”, afirmou.
Sobre sua candidatura, Riva disse também que não há nada definido. Afirmou que, a princípio seu nome foi lançado ao Senado para depois ter sido cogitado ao Governo ou à reeleição. “Uma candidatura própria tem sido uma cobrança do partido, até de outras lideranças que são aliados. No entanto, essa é uma decisão que tem que ser compartilhada. Não posso ser candidato de mim mesmo. Tem que ter uma avaliação do partido, além de buscar alianças. Se dependesse apenas de mim, eu já teria um projeto definido”, salientou o deputado.
Ao ser questionado sobre o financiamento público de campanha, o deputado se posicionou favorável. Conforme ele, a disputa eleitoral atrapalha a governabilidade. Além disso, argumentou que o período eleitoral deveria ser encurtado para que fosse feita uma campanha diferente, com menos mídia e mais proposta. “Isto iguala a disputa eleitoral. O poder aquisitivo de um candidato tem influência. E que também possa ter instrumento de fiscalização para que o candidato que tem mais dinheiro não possa ser beneficiar”, defendeu.
O presidente da Casa de Leis garantiu ainda que, mesmo se tratando de um ano eleitoral, os trabalhos do legislativo não serão prejudicados. “É natural os deputados se ausentarem das sessões por isso adequamos o calendário e estamos concentrando as sessões deliberativas nas quartas. Além disso, teremos duas sessões nas terças. Eu não vejo nenhuma preocupação de alguma matéria não ser votada por falta de quórum”, assegurou.
SAÚDE – Ao responder um questionamento de um telespectador, Riva disse que não possui nenhuma casa de apoio. Explicou que possui uma equipe que orienta pacientes vindo do interior do estado. Em sua opinião, o setor da saúde é o que mais carece de investimentos. “Nesta área, a União impõe a obrigatoriedade de investimentos na saúde e educação aos municípios e os estado, no entanto, é o que mais concentra recursos e não tem obrigatoriedade de investir”, apontou.
Para o parlamentar, o Governo do Estado poderia contratar os serviços de hospitais particulares, que hoje estão falindo, bem como investir nos hospitais regionais com mais leitos de UTI e disponibilizar médicos especialistas no interior. Sobre a Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Saúde, disse que o trabalho dos deputados vai apontar as mazelas do setor, mas não vai resolver o problema. “Lógico que não precisa de CPI para saber que a solução é fazer investimentos. Quem não sabe que a estrutura do Pronto Socorro de Cuiabá está defasada. A nossa obrigação é levantar o problema, cobrar do estado e dos municípios para que invistam na área”, concluiu.
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