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Segunda - 01 de Março de 2010 às 07:15
Por: Marcos Lemos

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Mato Grosso pode perder negócios da ordem de R$ 1 bilhão pelos próximos anos por causa das disputas eleitorais que afugentam eventuais investidores graças às críticas que o programa de incentivos fiscais recebe por parte da oposição. Hoje estão em curso negociações com 21 indústrias nacionais e internacionais interessadas em se instalar em Mato Grosso e procuram políticas de incentivos fiscais, como em todos os demais estados brasileiros numa disputa ferrenha.

"Se conseguirmos fechar negócios com 30% destas indústrias isso pode num curto espaço de tempo representar R$ 200 milhões a mais de arrecadação mensal de impostos na próxima década quando os beneficiários voltarão a recolher impostos para o Estado", disse o secretário de projetos estratégicos, José Aparecido dos Santos, o Cidinho que criticou a utilização de questões fundamentais como a política de incentivos fiscais com as disputa eleitorais pela sucessão do governador Blairo Maggi (PR).

Os incentivos fiscais são duramente criticados pelo prefeito de Cuiabá e pré-candidato ao Governo, Wilson Santos (PSDB) que acusa o Estado de realizar uma política de amigos, restrita e não para todos.

O secretário assinalou que Cuiabá foi uma das cidades mais beneficiadas pela política de incentivos fiscal do Governo do Estado citando como exemplo os esforços do governador Blairo Maggi (PR) que há quase dois anos negocia com a Vicunha Têxtil para se instalar em Mato Grosso e Cuiabá. "Nós apresentamos a direção da empresa ao prefeito de Cuiabá procurando mais incentivos, desta feita por parte do município, e ele foi à mídia anunciar que ele estava trazendo a empresa, o que não é verdade e só prejudica as negociações", disse Cidinho.

Ele lembrou que por questões de logística de transportes e da distância do Estado dos grandes centros consumidores, Mato Grosso fica em desvantagem para atrair empresas e indústrias de porte, portanto, "somente com uma política e incentivos fiscais que é o Estado deixar de recolher impostos e taxas em troca da instalação dos negócios e do investimento destes recursos para melhoria na produtividade, ampliação as vagas de trabalho com geração de emprego e renda é que conseguimos ampliar nossa industrialização".

A política de incentivos fiscais entre 2003 e 2010, nos dois mandatos de Blairo Maggi, representou um crescimento econômico de 111%, índice idêntico ao do crescimento da China, o que representou aumentar o PIB de Mato Grosso de R$ 23 bilhões para R$ 42 bilhões.

OUTRO LADO - O prefeito Wilson Santos (PSDB), disse não ser contra a política de incentivos fiscais, mas sim a forma como o governo Blairo Maggi(PR) a executa, ou seja, não para todos, ou apenas para alguns.





Fonte: A Gazeta

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