O TecnoCalda busca minimizar os danos ao meio ambiente e otimizar a lojística de transporte e aplicação dos produtos
Diamantino: Projeto visa manejo responsável de defensivos

Ser uma unidade de manejo integrado de defensivos agrícolas para servir de modelo de responsabilidade ambiental. Assim pode ser resumido o TecnoCalda, projeto piloto apresentado na fazenda Paiaguás - de propriedade da SLC - em Diamantino (208 km a médio-norte de Cuiabá) em Dia de Campo realizado de 23/02. A partir de uma parceria, a SLC e FMC contrataram a empresa de Engenharia de Projetos e Tecnologia Ambiental (ETEC) para contribuir no desenvolvimento do projeto.

Trata-se de um "fazenda responsável", desenvolvida para atender a sustentabilidade, minimizando danos ao meio ambiente otimizando a logística para o transporte e aplicação de defensivos agrícolas nas plantações de soja, algodão, milho e cana-de-açúcar.

Álvaro Dilli, gerente de sustentabilidade da SLC, empresa produtora de commodities agrícolas focada na produção de algodão, soja e milho, explica que a empresa investiu no TecnoCalda por acreditar que o projeto atende as exigências do mercado nacional e internacional. "Este empreendimento foca as questões socioambientais, pois se estrutura em três grandes pontos: legislação, engenharia e educação com grandes inovações nas unidades de armazenamento e depósito de embalagens. Além da inédita criação do aerocalda e rodocalda que garantem a sustentabilidade e rentabilidade às empresas agrícolas".

O TecnoCalda tem uma estrutura composta pela unidade de armazenamento. Nela, o galpão de defensivos obedece aos mais atuais critérios de localização, construção, proteção, segurança, operacionalização e destinação das embalagens, tudo para assegurar a estocagem adequada dos materiais. De acordo com os técnicos, por armazenar e manusear os produtos em um só lugar, o TecnoCalda proporciona economia e segurança, pois evita o transporte de calda por veículos não autorizados, evitando também o risco de roubos no trajeto por estar devidamente embalada.

Já o depósito de embalagem é construído para receber todos os recipientes vazios da propriedade. Nele, as embalagens ficam em local apropriado até a devolução, a ser realizada quando a quantidade acumulada justificar o transporte de forma economicamente viável para uma Central de Recebimento de Embalagem. Neste mesmo depósito é feito o processo de repasse da tríplice lavagem que alia três grandes benefícios: economia, segurança e respeito ao meio ambiente.

Na estrutura do TecnoCalda tem fundamental importância o rodocalda, veículo onde é preparada e transportada a calda. É projetado para criar e adaptar novos itens e processos a equipamentos existentes no mercado. Trata-se de um caminhão criado dentro das normas técnicas e legislação, visando atender a demanda, garantindo a segurança no trabalho, eficiência e o rendimento operacional, além da diminuição de custo.

O projeto contempla ainda um pátio projetado para receber o avião agrícola, onde é feito o abastecimento com a calda previamente preparada no rodocalda. O pátio, construído por um técnico habilitado em área de segurança, serve também para a descontaminação da aeronave e conta com locais para receber os eventuais remanescentes de agrotóxicos descartados pelos equipamentos de solo, além das sobras de lavagem e limpeza.

O jornalista viajou a convite da FMC