Presidente do PPS convoca reunião para fechar com Mendes ou Wilson
O presidente estadual do PPS, deputado Percival Muniz, disse neste domingo que só se pronunciará sobre os rumos que o partido vai tomar nas eleições deste ano após um encontro com todos 45 membros da Executiva Estadual, assim como os 15 suplentes. Ele quer levar para o encontro a proposta de apoio ao nome do empresário Mauro Mendes (PSB), situação defendida por ele, ou por adesão ao prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB), virtual candidato do PSDB. “Existem pessoas e lideranças que querem Mato Grosso Muito Mais (Mendes), outros pleiteiam apoio a Wilson Santos e há aqueles que não querem que fechemos a questão tão rápido. Vamos realizar essa reunião e debater todas essas questões”, explica o ex-prefeito de Rondonópolis.
Ele foi um dos idealizadores da chamada terceira via que tenta emplacar a candidatura de Mendes, mas se vê pressionado internamente por militantes do partido que se mostram "arredios". Sob a justificativa de que a sigla deve seguir a mesma coligação nacional (PSDB-DEM-PPS), uma ala liderada pelo vereador por Cuiabá Ivan Evangelista quer acompanhar o prefeito da Capital e não aceita Mendes. Essa tendência ganha força porque o prefeito, numa jogada estratégica, abriu espaço para Elismar Bezerra, sob indicação de Ivan e apoio do PP, assumir a secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo. Elismar já conduziu, no início da gestão Wilson, o Trânsito e Transporte Urbano (SMTU). Agora, retorna à administração. Toma posse nesta segunda, 1º de março, às 8h, no auditório da OAB-MT. Na mesma solenidade, Wilson vai assinar a nomeação do advogado Jader Martins Moraes, servidor efetivo do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, na pasta de Assistência Social e Desenvolvimento Humano. Jader foi indicado pelo PP para o cargo e substitui Celcita Pinheiro.
Intervenção
Apesar de negar interferência da Executiva Nacional, presidida por Roberto Freire, Percival Muniz admite que a decisão do PPS em apoiar o presidenciável José Serra (PSDB) pode ter reflexo nas alianças em Mato Grosso. “Vamos analisar todas as conjecturas políticas e cada um poderá expor a sua opinião, mas uma intervenção nacional está totalmente descartada”, garante o deputado.
Ele observa que a decisão sobre alianças só vai mesmo em junho, nas convenções. Nessas negociações, Wilson Santos sugeriu até que Percival fosse o candidato a senador do grupo, mas o parlamentar não se mostra muito empolgado com a proposta. O PPS se tornou forte aliado de Mendes. Se o partido fechar com Wilson, representará um duro golpe ao presidente da Federação das Indústrias do Estado, que foi motivado por Percival para sair do PPS e se filiar no PSB na esperança de agregar vários partidos. Nesse caso, Mendes só ficaria com o seu PSB e com o PDT.
Comentários